Em 2025, a Petrobras enfrenta uma situação crítica com os preços dos combustíveis, que estão defasados em relação aos valores internacionais. Essa disparidade é agravada pela valorização do dólar, impactando diretamente o bolso dos consumidores brasileiros.

Segundo a consultoria StoneX, a diferença de preços do diesel em relação ao mercado internacional é de 8,9%, enquanto a gasolina revela uma defasagem alarmante de 12,3%. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apresenta dados ainda mais preocupantes: 19% de defasagem no diesel e 13% na gasolina.

No ano anterior, a Petrobras realizou apenas um ajuste na gasolina em julho, e o preço do diesel permanece sem alteração desde dezembro de 2023. A estatal, ao abandonar a política de paridade de importação, passou a utilizar uma nova fórmula que considera fatores nacionais para determinar os preços.

Essa defasagem se traduz em uma diferença de R$ 0,30 por litro no diesel e R$ 0,36 por litro na gasolina. A Abicom estima que a defasagem de 19% no diesel representa um impacto de R$ 0,670 por litro.

Especialistas alertam que a recente alta do petróleo Brent, combinada com a valorização do dólar, pode resultar em novos reajustes nos preços, embora a Petrobras pareça inclinada a manter os valores inalterados no curto prazo.

Em uma comparação com 2022, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) revelou que os preços nas refinarias caíram mais de 20% em 2024. A Petrobras defende sua estratégia comercial ao afirmar que ela considera as melhores condições de produção e logística para precificar os combustíveis, o que contribuiu para resultados operacionais positivos no terceiro trimestre do ano passado.

A preocupação com a defasagem e seu impacto na economia é crescente, levando muitos a questionarem até quando os consumidores poderão suportar preços elevados, sem que haja um ajuste efetivo por parte da estatal.

Com o mercado sempre em ebulição, é fundamental que consumidores e especialistas fiquem atentos às movimentações do setor.