O Airbus A220 está enfrentando um dos seus anos mais difíceis, com um diminuto número de pedidos em 2024, surpreendendo analistas e especialistas da indústria. Até agora, a fabricante conseguiu garantir apenas uma nova encomenda firme para esse modelo inovador, retratando um cenário bastante contrastante com os resultados positivos de anos anteriores.

Em 2022, o modelo A220 mostrou um desempenho admirável, especialmente a variante A220-300, que acumulou 104 pedidos líquidos. O otimismo continuou em 2023, quando a Airbus recebeu pedidos de sete aeronaves A220-100 e um impressionante total de 135 A220-300, com a Lufthansa liderando as encomendas ao garantir 40 unidades desse último.

Entretanto, 2024 trouxe surpresas desanimadoras. Até o momento, não houve novos pedidos para o A220-100, e a única autonomia que ocorreu foi a da Air Baltic, que converteu opções em um pedido firme de dez jatos apenas em agosto. A Nordic Aviation Capital também diminuiu seu pedido, cortando de 20 para apenas oito A220s.

Muitos se perguntam: o que está causando essa queda nas encomendas? Diversos fatores podem estar em jogo, incluindo a crescente concorrência de outros modelos de aeronaves regionais e as incertezas econômicas que afetam as companhias aéreas em todo o mundo. Além disso, a Airbus teve que cancelar uma encomenda significativa de 14 A220-300s da Ilyushin Finance, uma empresa russa envolvida em batalhas comerciais.

Com o fechamento do mês de novembro, a Airbus registrou uma queda contínua de 16 aeronaves em pedidos do A220, gerando grande preocupação entre executivos e investidores. Todos os olhos agora estão voltados para dezembro, com a esperança de que um pedido robusto possa ser anunciado, em um cenário que lembre o contrato feito com a Lufthansa no ano passado, o que poderá revitalizar as perspectivas para a linha A220 e fortalecer sua posição no competitivo mercado de aviação regional.

Fica a pergunta no ar: será que a Airbus conseguirá dar a volta por cima e conquistar a confiança dos clientes novamente? O futuro do A220 e seus impactos na indústria ainda estão por vir, mas já é possível sentir a tensão no ar.