Ciência

Descoberta Revolucionária: Um Único Segundo Pode Medir Todo o Universo!

2024-11-30

Autor: Pedro

Um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Imecc-Unicamp) fez uma proposta inovadora que pode mudar a forma como entendemos o universo: todos os fenômenos da natureza podem ser descritos usando apenas uma constante fundamental, o "segundo". Este estudo pioneiro, publicado na revista *Scientific Reports*, é uma contribuição essencial para o debate que se arrasta há décadas entre físicos sobre o número de constantes fundamentais necessárias para descrever a realidade.

Os cientistas George Matsas, Vicente Pleitez, Alberto Saa e Daniel Vanzella argumentam que a quantidade de constantes fundamentais não é fixa, mas depende do tipo de espaço-tempo que estamos considerando. Em um espaço-tempo relativístico – como o descrito nas teorias de Einstein – apenas o segundo é necessário para registrar todas as grandezas físicas observáveis. Essa ideia sugere uma simplificação surpreendente na física, que poderá facilitar novos avanços em tecnologia e pesquisa.

O debate sobre as constantes fundamentais remonta a 2002, quando os físicos Michael Duff, Lev Okun e Gabriele Veneziano se encontraram casualmente no CERN e perceberam que suas visões sobre o número de constantes necessárias divergem. Okun defendia três unidades básicas — metro, quilograma e segundo — enquanto Veneziano propôs que, em determinados contextos, apenas o tempo e o comprimento eram necessários. Esse confronto estabeleceu o palco para novas investigações no campo da física teórica.

A pesquisa mais recente propõe que, no espaço-tempo de Minkowski, um ambiente hipotético livre de partículas e com propriedades homogeneamente equivalentes, é possível usar apenas relógios para medir todas as variáveis. Os relógios atômicos, que são extremamente precisos, são considerados adequados para essa tarefa. Isso pode parecer uma mudança sutil, mas tem implicações profundas sobre como a ciência pode operar no futuro.

Os pesquisadores esclareceram que a massa, embora conveniente, pode ser considerada redundante em certos contextos. Vanzella afirma que, fundamentalmente, a massa não é necessária para a descrição mais simples das leis físicas, o que pode influenciar futuras análises e aplicações em ciência. Historicamente, o quilograma foi definido a partir da massa de um litro de água pura, mas essa definição já está sob escrutínio à luz das novas descobertas.

O Sistema Internacional de Unidades (SI) atualmente usa sete unidades básicas, mas muitas dessas podem ser derivadas umas das outras. A revisão em 2019 que associou essas unidades a constantes fundamentais da natureza promete revolucionar a forma de mensuração.

Ao focar na essência do "segundo", o estudo destaca como o tempo tem um papel central no entendimento físico. O segundo é atualmente definido pela medição de 9.192.631.770 oscilações na radiação do césio-133, um método que garante que cada relógio é honesto em suas medições. Isso permite que, em um universo onde o tempo e o espaço estão interligados, possamos compreender tudo a partir de uma única constante.

Em resumo, a pesquisa brasileira não apenas simplifica as constantes fundamentais necessárias na descrição do universo, mas também lança novas luzes sobre como as medições podem evoluir. O futuro da física pode depender da aceitação dessa ideia revolucionária e da exploração de suas inúmeras aplicações em tecnologia e ciência. Prepare-se, o universo pode ser mais simples do que pensávamos!