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Descubra a fascinante história do Studio Ghibli – que deixou ChatGPT em choque!

2025-03-31

Autor: Pedro

Recentemente, as redes sociais foram agitados por uma nova tendência: imagens geradas pelo ChatGPT que tentam replicar a estética encantadora dos filmes do Studio Ghibli. Essa onda gerou controvérsias, que vão desde questões sobre direitos autorais até reações inusitadas, incluindo uma menção feita pela Casa Branca. O Olhar Digital apresentou a história completa, e vale a pena conferir!

Você provavelmente já ouviu falar do Studio Ghibli, o renomado estúdio japonês responsável por clássicos como ‘A Viagem de Chihiro’ (2001) e o recente ‘O Menino e a Garça’ (2023), ambos premiados com o Oscar de Melhor Animação. Mas você conhece a história por trás dessa produtora mágica?

A Revolução dos Animes

Hayao Miyazaki e Isao Takahata se conheceram em 1974, durante a produção do anime ‘Heidi’ no estúdio Toei, que na época era conhecido por seus projetos de baixo orçamento e qualidade variada. Revolucionários em suas visões, eles sonhavam em criar animações de longa-metragem de alta qualidade, colocando sua criatividade acima de qualquer imposição.

Em 1984, lançaram ‘Nausicaä do Vale do Vento’, que se tornou um marco e, em 1985, fundaram o Studio Ghibli. O nome, inspirado pelo avião italiano Caproni Ca. 309 Ghibli, reflete a paixão de Miyazaki por aeronáutica, herdada de seu pai.

O primeiro lançamento sob o novo selo foi ‘O Castelo no Céu’. Esse filme não só foi um sucesso comercial como também atraiu mais de 775 mil espectadores no Brasil, solidificando a reputação do estúdio.

Um Método de Trabalho Inovador

O Studio Ghibli rapidamente se destacou na indústria de animação ao adotar uma abordagem diferente. Após ‘O Castelo no Céu’, tanto Miyazaki quanto Takahata trabalharam em projetos separados, resultando em duas obras icônicas: ‘Meu Amigo Totoro’ e ‘O Túmulo dos Vagalumes’. Essa liberdade criativa foi fundamental para o sucesso do estúdio.

Com cada lançamento, como ‘Serviço de Entregas Kiki’ – que atraiu 2,64 milhões de espectadores – o Ghibli tinha um modelo de operação que, ao contrário de muitos estúdios da época, garantia a permanência dos animadores com salários progressivamente melhores. O ex-diretor, Toru Hara, descreveu o método do estúdio como “3As”: alto custo, alto risco e alto retorno. Essa estratégia levava à constante produção de novos filmes, pois enquanto um estava em cartaz, outro estava sendo produzido.

Crescimento e Reconhecimento Internacional

À medida que a equipe crescia, o estúdio também expandia suas operações, cuidando de distribuição e divulgação de seus filmes. O reconhecimento global começou a despontar em 1997 com ‘Princesa Mononoke’, que ultrapassou fronteiras com a ajuda da Disney. Apesar das propostas de edição feitas por eles, Miyazaki manteve sua visão original e a Disney aceitou.

O sucesso transbordou novamente em 2001 quando ‘A Viagem de Chihiro’ conquistou o Oscar de Melhor Animação, sendo o primeiro filme japonês a fazê-lo. Recentemente, ‘O Menino e a Garça’ repetiu esse grande feito, marcando o retorno de Miyazaki da aposentadoria.

Embora tenha anunciado sua aposentadoria em 1998, Miyazaki foi atraído de volta com ‘A Viagem de Chihiro’ e, novamente, em 2013, com outros projetos que continuam a impressionar o público até hoje. Atualmente, ele e Toshio Suzuki ainda estão à frente do Studio Ghibli, enquanto Takahata faleceu em 2018.

O que Hayao Miyazaki pensa sobre a IA?

Enquanto a nova tendência relacionada ao Studio Ghibli viraliza, é quase certo que Hayao Miyazaki não se sentiu satisfeito com isso. O mestre da animação sempre valorizou a criatividade humana. Isso levanta a questão: como ele vê a crescente influência da inteligência artificial no mundo da animação? Fica a dúvida no ar – e o convite para que você assista a esses filmes atemporais que continuam a encantar gerações.