Um ciclista passa em frente ao reator da usina nuclear de Bushehr, situada nos arredores da cidade homônima, no sul do Irã. Esta usina, a única do país, teve um desligamento de emergência temporário em junho de 2021. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou recentemente que não apoiará ataques israelenses a pontos estratégicos do programa nuclear iraniano, enquanto os EUA trabalham em conjunto com Israel para responder a um recente ataque de mísseis proveniente do Irã.

O programa nuclear iraniano é desenvolvido em diversas instalações, algumas das quais estão localizadas em subterrâneos, tornando-as alvo de preocupações quanto a possíveis ações militares israelenses. Embora a comunidade internacional tenha suspeitas sobre um programa secreto de armas nucleares no Irã, que foi encerrado em 2003, o governo iraniano nega qualquer plano de desenvolvimento desse tipo.

Após a retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015, o Irã começou a expandir seu enriquecimento de urânio, reduzindo o chamado "tempo de ruptura" necessário para a produção de urânio suficiente para armas nucleares. Atualmente, o Irã está enriquecendo urânio a até 60% de pureza, perto do limite de 90% necessário para fins bélicos, com potencial para produzir quase quatro ogivas nucleares se o material for enriquecido ainda mais.

As principais instalações nucleares do Irã incluem:

1. Natanz

Localizada ao sul de Teerã, Natanz contém a Planta de Enriquecimento de Combustível (FEP) e a Planta Piloto de Enriquecimento de Combustível (PFEP). A FEP é uma instalação subterrânea projetada para enriquecimento em escala comercial, capaz de suportar até 50.000 centrífugas, com cerca de 11.000 atualmente operando. Ataques aéreos já causaram danos a esta localidade, e o governo iraniano acredita que Israel está por trás de algumas dessas ações.

2. Fordow

Situada em uma montanha próxima a Qom, a Fordow é considerada uma das instalações nucleares mais protegidas do Irã. Com mais de 1.000 centrífugas operacionais, essa instalação vem expandindo seu processo de enriquecimento, o que levanta suspeitas sobre a sua adesão ao acordo de 2015.

3. Isfahan

Abriga um importante centro de tecnologia nuclear que inclui a Planta de Fabricação de Placas de Combustível e a instalação de conversão de urânio. Recentemente, a AIEA apontou que há equipamentos em Isfahan para a produção de metal de urânio, um processo crítico para a proliferação nuclear.

4. Arak (Khonab)