Saúde

Descubra o que aconteceu após 30 dias consumindo alimentos ultraprocessados

2024-12-29

Autor: Fernanda

Preocupações sobre obesidade no Brasil estão crescendo! Um estudo alarmante da Fiocruz indica que quase metade dos adultos pode se tornar obesa até 2044. Atualmente, 56% da população adulta já está enfrentando obesidade ou sobrepeso.

Inspirado por um experimento realizado pelo personal trainer Drew Manning, que ficou seis meses consumindo apenas ultraprocessados, o nutricionista Samuel Pompeu decidiu testar os efeitos de uma dieta semelhante por 30 dias.

O plano de Pompeu era viver como muitas pessoas que enfrentam a falta de tempo e opções alimentares limitadas. Ele seguiu uma rotina alimentar que incluía pães com margarina, presunto e queijo no café da manhã, frituras no almoço, bolos com achocolatado à tarde e fast food no jantar. Ele também consumiu salgadinhos, alimentos congelados e bebidas açucaradas, totalizando entre 3.000 e 4.000 calorias por dia.

Desde o primeiro dia, Pompeu começou a enfrentar diversos problemas de saúde, como dores de cabeça e azia constantes, além de picos de pressão alta. O endocrinologista José Marcelo Natividade explica que esses sintomas são frequentes em dietas ricas em ultraprocessados, apontando a dor de cabeça e a azia como sinais de desequilíbrios metabólicos, como hiperglicemia e refluxo. O aumento da insulina devido ao alto consumo de carboidratos refinados é um fator contribuinte para esses problemas.

Os resultados ao final do experimento foram assustadores: Pompeu ganhou 4,5 kg, principalmente de gordura, e seus exames revelaram que o colesterol subiu 20%. Além disso, os índices de TGO e TGP, que indicam a saúde do fígado, dispararam. O médico o alertou sobre o risco de doenças hepáticas graves se ele continuasse nesse ritmo.

Natividade destaca que algumas dessas alterações podem ser revertidas com mudanças na dieta, mas os danos a longo prazo são realmente preocupantes, aumentando o risco de dislipidemias, hipertensão e doenças hepáticas.

Pompeu também notou que seus novos hábitos alimentares afetaram as pessoas ao seu redor. Mesmo sua esposa, que se mantinha em uma dieta saudável, por vezes cedia às tentações dos alimentos ultraprocessados na casa. A pressão social e a conveniência desses alimentos podem complicar a adoção de hábitos saudáveis.

Após o experimento, Pompeu voltou à sua dieta baseada em alimentos in natura e exercícios físicos. Com isso, os sintomas melhoraram e os exames começaram a normalizar. Ele pretende usar essa experiência para auxiliar seus pacientes, criando estratégias mais realistas para a mudança de hábitos.

Ele enfatiza a importância de envolver a família nesse processo, ajustando o ambiente e preparando a própria comida para garantir melhores escolhas alimentares. Curiosamente, ele também concluiu que consumir uma dieta saudável pode ser mais econômico. Enquanto seguia uma alimentação saudável, gastava de R$ 30 a R$ 40 por dia. Durante o projeto com alimentos ultraprocessados, seus gastos diários saltaram para R$ 88!

Essa experiência mostra não apenas os perigos associados ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, mas também ressalta a importância de uma alimentação equilibrada e planejada para a saúde a longo prazo. Não perca a oportunidade de transformar seus hábitos alimentares e evitar os riscos de saúde associados à obesidade!