Com a Selic em ascensão, investir pode ser um desafio, mas também uma oportunidade incrível! Investimentos que acompanham a Selic tendem a mostrar um desempenho superior aos tradicionais, incluindo opções como o Tesouro Selic, CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LFs (letras financeiras) e FDICs (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios) que estão indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Os títulos prefixados do Tesouro que têm vencimento em um prazo de até seis meses também podem ser uma boa escolha. Contudo, especialistas como Cutolo alertam que a expectativa de novas altas na Selic já está incorporada nos rendimentos desses títulos. No dia 20 de dezembro, por exemplo, o rendimento do Tesouro Prefixado com vencimento em 2027 era de 15,03%, enquanto que para os vencimentos em 2031 e 2035, os rendimentos eram de 14,40% e 14,05%, respectivamente.

Dentre as melhores oportunidades, estão os investimentos que seguem a inflação. Conforme destaca Rodrigo Macarenco, sócio da Manchester Investimentos, a janela de oportunidades está aberta, uma vez que os títulos públicos apresentam taxas reais excepcionais. Por exemplo, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 oferece uma taxa de 7,76% mais a inflação, enquanto o vencimento para 2035 apresenta 7,22% mais o IPCA. Esses números mostram a relevância de acompanhar tais ativos em momentos de incerteza econômica.

Diante da elevação da taxa Selic, é recomendado que os investidores optem por títulos prefixados de curto prazo, entre dois a três anos, com taxas iniciando em 15,50% ao ano. Esses investimentos oferecem segurança em tempos de volatilidade.

Quando se fala em renda variável, a situação é mais complicada. A alta da Selic tende a prejudicar esse setor, pois reduz o faturamento das empresas devido à desaceleração da atividade econômica e aumenta os custos de capital, afetando principalmente empresas mais endividadas. Além disso, a tendência de fluxo de investimentos para a renda fixa torna as ações e fundos imobiliários menos atraentes no curto prazo. O futuro da renda variável dependerá de fatores fiscais e das eleições de 2026.

Apesar de um cenário desafiador, muitos ativos estão com preços bastante descontados. Macarenco ainda aponta que tanto ações quanto fundos imobiliários estão com valores inferiores ao seu potencial real. Se essa for a decisão do investidor, a sugestão é focar em ativos que se beneficiem da taxa de juros elevada, como grandes bancos e seguradoras, assim como empresas que têm receitas que são corrigidas pela inflação ou em dólar.

Falando de grandes nomes, Itaú, BTG e Nubank estão entre as escolhas estratégicas. O CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, destaca que mesmo com o foco em baixa renda, o BTG Pactual e o Itaú prometem retornos acima da média do mercado. O Nubank também continua a crescer de forma acelerada e deve ser observado com atenção. No setor de seguradoras, a Porto pode ser favorecida pela alta nas taxas, abordando a questão do "float", o dinheiro que as seguradoras recebem e aplicam em renda fixa.

Mas cuidado, nem tudo são flores! Os setores de varejo, consumo e shoppings se apresentam como os mais arriscados neste cenário. Piccioni alerta que os altos juros impactam negativamente o consumo, especialmente para empresas locais menores que não são líderes de mercado. Além disso, a questão fiscal pode ser um risco significativo para os investimentos no Brasil. Macarenco comenta que há a possibilidade de o Banco Central não conseguir conter a inflação adequadamente, resultando em desafios econômicos maiores, como a desaceleração da China, os tumultos no Oriente Médio e o legado de Donald Trump nos Estados Unidos.

Prepare-se e faça suas escolhas com cuidado! O cenário para investimentos em 2025 promete ser desafiador, mas com as informações certas, você pode tornar 2025 um ano de retornos positivos!