'Desejo de Matar': Médico de Cuidados Paliativos Suspeito de Assassinato em Massa na Alemanha
2024-11-28
Autor: Ana
Um médico de cuidados paliativos domiciliares em Berlim se tornou o centro de uma chocante investigação após ser acusado de assassinar pelo menos oito pacientes, revelaram os promotores na última quinta-feira (28). O caso ganhou notoriedade após a descoberta de quatro novas vítimas em um exame aprofundado.
Os promotores afirmaram que o médico, de 40 anos, agiu movido apenas pelo 'desejo de matar', sem qualquer justificativa médica para suas ações. A primeira evidência surgiu em 6 de agosto, quando ele foi preso sob a suspeita de ter causado a morte de quatro pacientes. Para encobrir suas ações, o médico incendiou os apartamentos das vítimas.
De acordo com as investigações, a primeira vítima identificada foi em 24 de junho de 2022. Em uma das ações mais alarmantes, no dia 29 de janeiro de 2024, ele é suspeito de ter administrado uma mistura letal de medicamentos a um homem de 70 anos em sua residência, sem justificativa. Além disso, em 4 de abril do mesmo ano, ele também teria dado a uma mulher de 61 anos um coquetel mortal, buscando novamente a morte dela.
A lista das vítimas inclui um homem de 83 anos que teria falecido em um asilo sob circunstâncias suspeitas. A faixa etária das novas vítimas identificadas varia de 72 a 94 anos, todas mulheres. Os casos dessas vítimas foram registrados entre 11 de junho e 24 de julho deste ano, em distritos da capital alemã, Neukölln e Treptow.
A investigação tem sido complexa, envolvendo a exumação de corpos e análise rigorosa de prontuários médicos, levando a uma constatação alarmante de um padrão nas mortes. A descoberta deste médico é um alerta sobre a necessidade de monitoramento mais rigoroso em tratamentos de cuidados paliativos e a importância da supervisão em sua prática, especialmente no contexto da crescente discussão sobre a ética no fim da vida e o direito à morte assistida.
Esse caso levanta muitas questões sobre a confiança em profissionais da saúde, especialmente em áreas sensíveis como os cuidados paliativos, onde os pacientes estão geralmente em situações vulneráveis. A sociedade permanece em choque com a possibilidade de que alguém que deveria cuidar da vida de outras pessoas tenha se tornado um agente da morte.