Um grupo de desenvolvedores de jogos deu início a um processo coletivo contra a Valve, empresa responsável pela plataforma Steam, devido à comissionamento abusivo cobrado em vendas. Os acusadores alegam que a Valve não apenas inflaciona artificialmente os preços dos jogos, mas também exerce pressão sobre os desenvolvedores para que não vendam seus títulos a preços mais baixos em plataformas concorrentes que oferecem taxas de comissão menores. Essa prática, segundo eles, limita a concorrência e prejudica tanto os criadores quanto os consumidores.

Vale ressaltar que em 2021 houve uma tentativa anterior de processar a Valve, mas o caso foi rejeitado pelos juízes, que argumentaram que os fundamentos da acusação não eram suficientemente sólidos. Os juízes deram um prazo de um mês para a empresa Wolfire Games, que iniciou a ação, apresentar uma nova queixa.

Recentemente, em uma movimentação significativa, a Wolfire se uniu à Dark Catt, uma empresa focada na criação de conteúdos de realidade virtual, para fortalecer sua posição. Conforme reportado pelo GameIndustry.biz, o tribunal agora reconhece o processo como uma ação coletiva, permitindo que mais desenvolvedores se juntem à causa. Além disso, a moção da Valve para remover o economista Steven Schwartz, uma das testemunhas de acusação, foi rejeitada, indicando que a empresa terá que encarar o caso com mais rigor.

Se os desenvolvedores vencerem o processo, a Valve poderá ter que desembolsar uma quantia considerável em indenizações. No entanto, é importante lembrar que disputas dessa natureza costumam se arrastar por anos, a menos que as partes envolvidas consigam chegar a um acordo extrajudicial. A expectativa é que o desdobramento deste caso possa impactar não apenas a Valve, mas o modelo de negócios das plataformas digitais, fazendo com que a comunidade gamer aguarde ansiosamente as próximas movimentações dessa batalha judicial.