Saúde

Desespero em Fortaleza: Pacientes e Profissionais Enfrentam Crise Sem Fim na Saúde!

2024-12-16

Autor: João

A crise na saúde em Fortaleza está criando um verdadeiro caos, afetando tanto pacientes quanto funcionários. Com uma alarmante escassez de medicamentos e alimentos, além de salários atrasados, a situação é de desespero. Profissionais da saúde enfrentam dificuldades imensas para realizar cirurgias, enquanto pacientes relatam até mesmo ficarem sem ter o que comer. O Instituto Dr. José Frota (IJF), maior hospital municipal, é um dos principais pontos críticos dessa tragédia.

As queixas não param de chegar. Quintino Neto, presidente do Sindsaúde Ceará, descreve a realidade caótica: ‘É como matar um leão por dia'. Enquanto um problema é resolvido, dois novos surgem, exaurindo todos os envolvidos nessa batalha diária.

Recentemente, o Ministério Público do Estado do Ceará lançou uma investigação após receber denúncias sobre a falta de alimentos no IJF. A Secretaria Municipal da Saúde foi intimada a fornecer respostas em 72 horas e já foram solicitadas inspeções pelo Tribunal de Contas do Estado para averiguar a gestão atual e a transição para o novo prefeito, Evandro Leitão (PT).

O panorama é alarmante. Médicos e enfermeiros estão exaustos, lidando com a falta de insumos essenciais. Plácido Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza (Sintsaf), enfatiza: ‘Não podemos operar sem luvas ou medicamentos como anticoagulantes'. As cirurgias estão sendo descontinuadas e exames laboratoriais têm sido afetados por problemas de abastecimento.

Para piorar, as ambulâncias do SAMU ficaram paradas por falta de pagamento da Prefeitura à empresa contratada, resultando em mais atrasos e riscos à saúde da população.

Por outro lado, em uma tentativa de mitigar os problemas, o governo federal liberou R$ 19,1 milhões para o IJF e a Santa Casa de Misericórdia. Embora a Secretaria Municipal da Saúde tenha prometido que os repasses seriam feitos em breve, o cenário atual de precariedade e falta de recursos persistem.

E não só os aspectos físicos estão em colapso; o sofrimento mental dos pacientes é uma questão urgente. Ana Brito de Menezes, de 53 anos, está internada e enfrenta não apenas fraturas, mas a desesperadora situação de não receber refeições adequadas durante sua estadia no IJF. Sua filha, Juliana Andrade, expressa a indignação de milhares de familiares que testemunham o descaso.

Desde a falta de alimentos até a insegurança sobre quando as cirurgias serão realizadas, muitos pacientes sentem a pressão de uma espera interminável. O clamor por refeições dignas se transformou em protesto, levando os trabalhadores a paralisar parcialmente as atividades do IJF.

Enquanto isso, os que dependem de medicamentos específicos, como os pacientes com HIV, relatam sérias dificuldades para obter a medicação vital, evidenciando ainda mais a crise na saúde pública. Muitos pacientes, que já enfrentam a dura realidade da doença, agora também lidam com a incerteza de tratamentos interrompidos.

Com novas paralisações previstas, a população de Fortaleza se pergunta: até onde essa crise pode se agravar? Enquanto o descaso reina, a luta pela dignidade e pelo direito à saúde continua.