As operações de busca nos rios Tocantins, após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, continuam em ritmo intenso. Mergulhadores da Marinha do Brasil recuperaram na última quinta-feira (26) um corpo preso em uma caminhonete, assim como outro corpo encontrado na cabine de um caminhão, aumentando a tragédia envolvendo a estrutura que conecta os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).

O desabamento, que ocorreu no domingo (22), deixou uma marca de devastação, com 17 pessoas inicialmente reportadas como desaparecidas. Até o momento, foram confirmadas 10 mortes, incluindo um corpo que ainda não foi resgatado. As buscas contam com a ajuda de 87 militares da Marinha e 20 agentes em Belém-PA, que coordenam as operações.

Equipes de bombeiros dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins também estão dando suporte nas atividades de resgate.

Além da busca pelas vítimas, torna-se cada vez mais evidente a criticidade das condições da ponte, cuja fragilidade já era notória desde 2019. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) havia classificado a estrutura com nota dois, indicando condições ruins e colocando em alerta a segurança do tráfego.

Enquanto isso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) está atenta à qualidade da água do Tocantins, assegurando que ainda não há riscos de contaminação devido ao vazamento de produtos químicos após o acidente. Contudo, o alerta continua, e a população está sendo incentivada a tomar cuidados quanto ao uso da água nas proximidades da tragédia.

A angustiante situação de famílias que aguardam notícias de seus entes queridos se desenvolve em meio à comoção da comunidade local. As autoridades devem intensificar não apenas as operações de resgate, mas também a avaliação das condições estruturais de outras pontes na região, para evitar novas tragédias.