O último Jornal Nacional apresentado por Cid Moreira foi um momento de intensa emoção e nostalgia para os telespectadores. Após 26 anos ininterruptos à frente da bancada, Cid se despediu com o tradicional "Boa noite", marcando para sempre a história do principal telejornal do Brasil. Durante sua trajetória, Moreira apresentou o programa em cerca de oito mil edições, consolidando-se como uma das vozes mais reconhecidas da televisão brasileira.

Embora Cid Moreira tenha deixado o cargo em 2001, sua influência continuou a ser sentida, tanto no Jornal Nacional quanto em outras produções, como o Fantástico, que fez parte desde a sua estreia. Ele lembrou em entrevistas que trabalhou simultaneamente nos dois programas durante mais de 10 anos, um feito impressionante e raro no jornalismo.

Infelizmente, a história de Cid Moreira chegou a um fim trágico. O renomado apresentador faleceu na quinta-feira (3), aos 97 anos. A trágica notícia foi anunciada por sua esposa, Fátima Sampaio, durante um programa ao vivo. Ele estava internado há um mês devido a complicações com os rins, tendo passado por um tratamento de diálise. Fátima revelou que o apresentador havia se mudado para perto do hospital para facilitar o atendimento e que recebia cuidados especiais em casa, com o apoio de sua amada e de sua equipe de médicos.

Cid Moreira foi mais do que apenas um apresentador; ele se tornou um símbolo do jornalismo brasileiro, reconhecido por sua seriedade e profissionalismo. Para muitos, sua voz era sinônimo de credibilidade e informação de qualidade. O público brasileiro certamente sentirá sua falta, e seu legado permanecerá vivo nas lembranças de todos que acompanharam suas transmissões ao longo das décadas.

Em tempos de transformações rápidas na mídia, a ausência de Cid deixa um vazio que é difícil de preencher. A sua contribuição ao jornalismo nacional será lembrada por muitos anos, e seu trabalho continuará a inspirar novas gerações de jornalistas.