Um Ícone do Rock Nacional

Natural de Juazeiro, na Bahia, Edivaldo Souza, mais conhecido como Edy Star, fez história no cenário musical brasileiro ao lançar seu álbum de estreia, "Sweet Edy", em 1974. Este disco se tornou um marco no rock alternativo do Brasil, apesar de Edy ter vivido um hiato de 40 anos em sua carreira.

Parcerias Notáveis e Retorno Triunfante

Edy foi um parceiro musical de Raul Seixas, contribuindo para o aclamado álbum "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10" em 1971. Como o último membro vivo do grupo conhecido como "kavernistas", Edy sempre manteve viva a chama do rock brasileiro.

Depois de passar cerca de 20 anos em Madri, ele retornou ao Brasil em 2009 e fez uma apresentação inesquecível na Virada Cultural de São Paulo, onde sua performance dedicava tributo a Raul Seixas. Nos anos seguintes, ele relançou "Sweet Edy" e quebrou o hiato de quatro décadas com o lançamento de seu segundo álbum, "Cabaré Star".

Desafios e Resiliência

Nos últimos anos, as oportunidades de shows foram escassas e Edy enfrentou a batalha contra o câncer com coragem e determinação. Em uma entrevista ao Estadão em 2024, ele comentou: "É difícil encontrar espaço para artistas como eu. Hoje, certas categorias têm mais prioridade, o que torna tudo mais complicado."

Legado e Reflexões Finais

No ano passado, o artista teve seu trabalho celebrado com o documentário "Antes Que me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star". Quando questionado sobre a morte, ele respondeu: "A morte é inevitável e faz parte do ciclo da vida. Só espero que venha de maneira tranquila, na hora certa."

Apesar de sua jornada, Edy expressou seu desejo de ser respeitado e reconhecido enquanto estivesse vivo, afirmando que, após sua partida, seu legado poderia ser descartado sem que isso lhe importasse. A história de Edy Star é um testemunho da luta por reconhecimento e pela riqueza cultural que deixa para as futuras gerações.