Você sabia que as luas de Marte, Fobos e Deimos, podem na verdade ser asteroides? Essa teoria intrigante começou a ganhar força com um estudo recente publicado na revista *Icarus*. James O'Donoghue, astrônomo da Universidade de Reading, afirma que essas luas possuem características muito semelhantes às dos asteroides, chegando a parecer batatas em formato!

Os cientistas utilizaram simulações em supercomputadores para criar uma teoria revolucionária: há milhões de anos, um grande asteroide pode ter sido capturado pela gravidade de Marte e, ao se aproximar do planeta, foi despedaçado, formando uma nuvem de detritos. Isso não só resultou nas atuais luas, mas também pode ter criado até um sistema de anéis temporários ao redor do planeta vermelho!

O'Donoghue destaca que as órbitas de Fobos e Deimos, que são bastante circulares e alinhadas ao equador de Marte, indicam que sua origem é diferente do que se pensava. Nos asteroides capturados, geralmente se esperaria órbitas mais elípticas, mas esse alinhamento peculiar sugere que as luas se formaram em um processo mais ordenado, semelhante ao que aconteceu com a Lua da Terra, após uma colossal colisão.

Imediatamente após esse impacto cataclísmico, as partículas resultantes poderiam ter se agrupado, dando origem às duas luas que observamos hoje. A questão que fica é: essas luas, uma vez formadas, não são apenas relicários da história de Marte, mas também nos ajudam a entender a dinâmica do nosso próprio sistema solar!

Uma nova simulação sugere que o asteroide que se desintegrou poderia ter uma massa comparável à de Vesta, um dos maiores asteroides do nosso sistema. Quando se aproximou de Marte, ele pode ter mergulhado a apenas 5 mil quilômetros da superfície marciana, o que é extremamente próximo!

De acordo com Jacob Kegerreis, cientista da NASA, alguns fragmentos desse asteroide poderiam ter se dispersado pelo espaço, enquanto outros colidiram com Marte, deixando crateras de impacto na superfície. Com o tempo, os detritos que permaneceram em órbita ao redor de Marte se juntaram sob a influência da gravidade e assim formaram Fobos e Deimos.

Além disso, essa pesquisa leva a uma reflexão sobre a natureza dinâmica e caótica do nosso sistema solar. Embora Fobos e Deimos possam parecer tranquilas em suas órbitas atuais, a verdade é que Marte é um planeta em constante transformação. Fobos, por exemplo, está em uma trajetória de colisão gradual com Marte e deve se despedaçar ou colidir com o planeta nos próximos 50 milhões de anos!

A missão Martian Moons eXploration (MMX), da agência espacial japonesa, que será lançada em breve, poderá desvendar ainda mais sobre a origem dessas luas. Ao coletar uma amostra de Fobos e trazê-la de volta à Terra, cientistas poderão descobrir a verdadeira composição delas — se são formadas por rochas marcianas ou se possuem características de asteroides.

Prepare-se para mais revelações sobre Marte, pois a história dessas luas ainda está longe de ser contada! Estamos apenas começando a entender como um fenômeno cósmico tão potente pode moldar a estrutura do nosso sistema solar.