Saúde

Dietas Vegetarianas NÃO CAUSAM Transtornos Alimentares - Veja a Verdade!

2024-10-03

Autor: Gabriel

Você sabia que a preocupação excessiva com a alimentação pode desencadear transtornos alimentares? Embora dietas vegetarianas como o ovolactovegetarianismo e o veganismo possam ser vistas com cautela, estudos recentes indicam que elas, por si só, não são responsáveis por esses distúrbios.

Segundo a nutricionista Alessandra Luglio, diretora do departamento de saúde e nutrição da Sociedade Brasileira Vegetariana, essas escolhas alimentares são, em sua maioria, políticas e éticas, e não necessariamente um sinal de um transtorno alimentar. Contudo, pessoas que já têm hábitos obsessivos com a alimentação podem se sentir mais atraídas por essas dietas na tentativa de controlar seu peso e a ingestão de gordura. Isso pode ser um indicativo de uma relação prejudicial com a comida.

É importante destacar que, segundo Luglio, não há uma diferença significativa na incidência de transtornos alimentares entre veganos e onívoros. "Na prática, o que importa é a saúde mental e a relação que cada um tem com a alimentação", explica.

Entretanto, é possível que a adoção de um estilo de vida tão restritivo leve algumas pessoas a flertarem com a ortorexia, um comportamento alimentar disfuncional que busca uma alimentação excessivamente 'saudável', o que pode ser contraproducente.

Victor Hugo Machado, nutricionista especializado em comportamento alimentar e obesidade, acrescenta que seguir uma dieta baseada em vegetais deve ser guiado pelo bem-estar, e não pela obsessão por perder peso. “Voltar a comer carne não resolverá um transtorno alimentar, e a verdadeira questão é o cuidado com o corpo”, observa.

Nos últimos 30 anos, as pessoas mudaram sua relação com a alimentação. Enquanto antigamente, uma refeição era composta de ingredientes simples como arroz e feijão, hoje há uma infinidade de informações e dietas. Porém, ao mesmo tempo, tanto a obesidade quanto a insatisfação corporal só aumentam, ressalta Machado.

Uma dieta balanceada e bem planejada pode, de fato, ajudar na redução de gordura corporal. No entanto, o cuidado reside em não substituir produtos frescos por ultraprocessados que possam fazer parte de uma dieta restritiva, mas que na verdade não contribuem para a saúde.

Os mitos culturais sobre nutrição ainda perpetuam a desinformação. A ideia de que é necessário suplementar proteína ou que certos exercícios não ajudam a emagrecer afeta a forma como as pessoas se relacionam com a alimentação e com a atividade física. É comum vermos pessoas abandonando práticas saudáveis por crenças errôneas, enquanto aquelas diagnosticadas com transtornos alimentares se exercitam de forma excessiva.

Cuidar do nosso corpo deve ser entendido como um ato de autocuidado e não uma punição. Portanto, é vital promover uma relação saudável com a comida e com o próprio corpo, independente do tipo de dieta seguida. Pense bem: será que não está na hora de reavaliar suas crenças sobre alimentação? Mude sua perspectiva e busque o equilíbrio!