Após se encontrar com membros da Màfia Azul, a principal torcida organizada do Cruzeiro, o técnico Fernando Diniz abriu o jogo sobre a importância desse tipo de diálogo no futebol. O encontro, que recebeu a autorização do dono da SAF, Pedro Lourenço, foi visto como uma oportunidade para estreitar os laços entre clube e torcida.

Diniz destacou que reuniões pacíficas são fundamentais. "Foi uma conversa educada, em um tom que conseguimos escutá-los. As devolutivas foram boas e, nesse caso, especificamente, não houve problemas. Não foi algo agressivo e foi bem conduzido", afirmou o treinador.

O técnico ressaltou a necessidade de um bom relacionamento entre as equipes e suas torcidas para ajudar a reduzir a violência nas arquibancadas. "É importante saber conviver com as torcidas organizadas e respeitá-las. Elas têm um lado positivo, que é a festa. Precisamos trabalhar para diminuir os atos de violência, que são a nossa maior preocupação", completou Diniz, que está sob pressão devido aos resultados recentes da equipe.

A reunião aconteceu logo após a desilusão da Màfia Azul com a derrota do Cruzeiro na final da Copa Sul-Americana. Insatisfeitos, os torcedores requisitaram uma conversa com a diretoria, que ocorreu na última terça-feira (26/11) na Toca da Raposa 2. Durante o encontro, eles manifestaram seu descontentamento com o desempenho do time e exigiram uma classificação para a Copa Libertadores de 2025.

No dia seguinte ao encontro, o Cruzeiro empatou com o Grêmio no Mineirão, em uma partida marcada por vaias da torcida, direcionadas tanto ao time quanto ao técnico Diniz, que se vê pressionado a melhorar os resultados após as cobranças da torcida.

O encontro foi realizado em uma sala de reuniões no centro de treinamento e contou com a presença de alguns jogadores, incluindo Cássio, Lucas Villalba, Marlon, Lucas Silva e Lucas Romero, além da comissão técnica e da diretoria de futebol, que podem estar repensando suas estratégias para o futuro próximo com vistas à redenção do clube.