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Dirigente do PT Debeleza a Prisão de María Corina Machado e Ataca Oposição na Venezuela

2025-01-10

Autor: Ana

Valter Pomar, uma figura proeminente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, usou suas redes sociais para classificar como fake news a prisão da lider da oposição venezuelana, María Corina Machado. Este incidente aconteceu enquanto Pomar participava de um 'festival antifascista' promovido pelo Foro de São Paulo, que se realizou em meio à posse do presidente Nicolás Maduro nesta quinta-feira (9).

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Pomar afirmou que a prisão de Machado foi uma armação da própria oposição, descreditando a veracidade das informações e acusando-a de tentar desviar a atenção dos fracassos nas mobilizações da extrema-direita. "Foi espalhada por ela mesma para desviar a atenção do fracasso da mobilização da extrema-direita", declarou.

Pomar ainda citou reportagens do deputado venezuelano Roy Daza, que estava presente no evento, indicando que os protestos liderados por María Corina se limitaram a ocupar apenas uma quadra de uma avenida em Caracas. Ele sugeriu que a notícia da prisão foi um golpe de marketing para encobrir esse insucesso. "Assim, a 'notícia' foi a suposta prisão e não o fracasso da mobilização. Coincidentemente, logo depois ela aparecia em um vídeo afirmando que estava solta e bem. Todos esses fatos levam a acreditar que foi uma fake news plantada pela extrema-direita", afirmou Pomar.

Por outro lado, aliados de Machado relataram que ela foi 'violentamente interceptada' e posteriormente liberada pelo regime chavista após sua participação em protestos contra a posse de Maduro. Considerada uma das vozes mais críticas do regime, María Corina havia permanecido em local desconhecido por mais de cem dias.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva não se pronunciou oficialmente sobre a situação, mas fontes do Ministério das Relações Exteriores garantiram que o governo brasileiro está monitorando de perto os acontecimentos na Venezuela.

A crescente tensão na Venezuela se reflete na intensificação de atos de protesto organizados tanto pela oposição quanto pelo governo. A repressão, já severa sob o regime chavista, aumentou significativamente nesta semana, levando a um clima de instabilidade em todo o país.

O Partido Socialista Unido da Venezuela, presidido por Maduro, é um dos membros mais influentes do Foro de São Paulo, ao lado de partidos como o PT, a Frente Sandinista de Liberação Nacional da Nicarágua e o Partido Comunista de Cuba. Apesar das críticas esporádicas feitas por Lula em relação à falta de transparência do governo venezuelano, muitos aliados permanecem leais a Maduro.

Essa relação de apoio do PT ao governo da Venezuela reflete a história de alianças entre os partidos e a necessidade de apoio mútuo em um cenário de polarização política, tanto na Venezuela quanto no Brasil, onde o clima de confrontação entre diferentes ideologias se intensifica diariamente.