Saúde

Distrito Federal: A Capital com o Maior Número de Médicos por Habitante no Brasil

2024-10-15

Autor: Fernanda

No Brasil, o Distrito Federal se destaca com uma impressionante média de 6,3 médicos para cada mil habitantes, ultrapassando em mais do que o dobro a média nacional, que é de 3,07 médicos por mil habitantes. Este dado foi revelado em um recente levantamento sobre Demografia Médica, divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Atualmente, há um total de 15.282 médicos atuando na capital federal, e o crescimento tem sido notável: desde 2014, quando foi realizado o primeiro estudo, o número de médicos no DF aumentou em 74% até os dias atuais.

Além do Distrito Federal, os estados que apresentam as maiores médias de médicos por mil habitantes são: Rio de Janeiro (4,3), São Paulo (3,7), Espírito Santo (3,6), Minas Gerais (3,5) e Rio Grande do Sul (3,4). Esse cenário revela um contraste significativo entre as regiões do Brasil.

O Sudeste é a região com a maior densidade de médicos, com 3,76 médicos para cada mil habitantes, além de concentrar 51% do total de médicos do país, mesmo abrigando apenas 41% da população brasileira. Em contraste, a região Norte possui a menor proporção, com apenas 1,73 médicos por mil habitantes, representando 4,8% do total de médicos do Brasil, embora corresponda a 8,6% da população.

O Nordeste também apresenta desafios, com uma razão de 2,22 médicos por mil habitantes, tendo 19% dos médicos e quase 27% da população. O Sul tem uma razão de 3,27 médicos e concentra 16% dos profissionais, enquanto a região Centro-Oeste, que compreende o DF, possui uma razão de 3,39 médicos, com 9% dos médicos e 8% da população nacional.

O presidente do CFM, José Hiran Gallo, salienta a importância de diversas políticas públicas para garantir que médicos sejam redistribuídos de forma eficaz entre as diferentes regiões do Brasil, visando a redução das desigualdades no acesso à saúde.

Além disso, a necessidade de incentivar a formação e a contratação de mais médicos em regiões menos favorecidas nunca foi tão urgente, especialmente considerando os impactos da pandemia de COVID-19, que expuseram fragilidades no sistema de saúde e a disparidade no atendimento médico entre as regiões do país. O governo e instituições de saúde continuam a trabalhar para melhorar esse cenário, mas os desafios ainda são muitos.