Dólar cai e está cotado abaixo de R$ 6,15; Bolsa sobe com boas notícias
2025-01-06
Autor: Ana
Após uma leve alta no fechamento da primeira semana de 2025, o dólar inicia a semana em queda nesta segunda-feira (6). Às 13h59, a moeda norte-americana estava sendo vendida a R$ 6,110, com uma desvalorização de 1,17%. A Bolsa de Valores também mostrou desempenho positivo, operando com altas superiores a 1%.
O que está acontecendo?
O dólar comercial apresentou uma significativa queda hoje. A expectativa de maior liquidez na primeira semana completa do ano superou a movimentação do pregão da última sexta-feira (3), quando a moeda havia fechado em R$ 6,183, com uma alta de 0,29%.
Durante a manhã, a desvalorização do dólar se intensificou, chegando a pequena mínima de R$ 6,10 às 10h33, uma queda de 1,4%. No entanto, mesmo com algumas oscilações ao longo do dia, a cotação não ultrapassou a marca de R$ 6,15 em mais de uma ocasião.
Ainda não houve intervenção do Banco Central no mercado financeiro desde a semana anterior. Após a venda de U$ 21,575 bilhões em leilões à vista em dezembro, o BC não tomou medidas para conter a alta do dólar nos primeiros pregões de 2025.
A cotação do dólar turismo também apresentou queda, sendo negociada a R$ 6,353 às 13h58, com uma redução de 0,99% em comparação ao último fechamento.
O que influencia essa queda do dólar?
A desvalorização do dólar está relacionada às recentes declarações de Donald Trump. 'O dólar está caindo em todo o mundo devido a notícias sobre possíveis medidas menos rigorosas em relação à taxação de produtos importados', explica André Matos, CEO da MA7 Negócios.
A proposta de Trump foi divulgada pelo jornal The Washington Post. Segundo a publicação, o presidente eleito planeja criar tarifas apenas para setores considerados 'críticos', marcando uma mudança significativa em relação às promessas feitas durante sua campanha.
Os mercados globais estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de tarifas adicionais propostas por Trump. Tal situação poderia gerar inflação e, consequentemente, a elevação das taxas de juros para controlar o aumento dos preços.
As principais bolsas de valores do mundo tiveram alta com a expectativa de que os EUA possam evitar uma guerra comercial mais severa, o que beneficiaria a economia global e os mercados financeiros.
Bolsas em alta
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abre a semana em alta. Após dois dias de oscilações negativas, o índice tinha uma valorização de 1,46%, atingindo 120.263,89 pontos às 12h07, com um volume de negociações superior a R$ 4,2 bilhões.
As empresas aéreas estão liderando os ganhos, com as ações da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) apresentando aumentos de 13,77% e 10,4%, respectivamente, sendo negociadas a R$ 1,57 e R$ 4,14.
Por outro lado, o Grupo Éxito (EXCO32) e a Marfrig (MRFG3) enfrentaram as maiores quedas. As ações do grupo varejista caíram 3,53%, para R$ 10,94, enquanto a Marfrig teve uma desvalorização de 2,14%, a R$ 16,49.
Analistas ainda veem 'otimismo cauteloso' no mercado, como destaca Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos. Segundo ele, a alta do Ibovespa é um reflexo do suporte dos mercados internacionais, apesar da volatilidade inicial do ano. Para os próximos dias, a expectativa é de que as commodities e a política fiscal tenham um impacto relevante no desempenho do índice.