Dólar em alta: Saiba o que 4 economistas preveem para o câmbio em 2025!
2024-12-24
Autor: Julia
Desde o início de dezembro, o Banco Central já desembolsou impressionantes US$ 27,76 bilhões em intervenções para conter a volatilidade do dólar. Apesar desses esforços, a moeda americana acumula uma preocupação alarmante de alta superior a 20% em 2023. Especialistas indicam que, mesmo com o uso das reservas, o câmbio permanecerá sob pressão intensa em 2025, e a cotação de R$ 6,00 pode se tornar uma nova realidade constante.
Recentemente, a incerteza fiscal gerada por um pacote de cortes de gastos proposto pelo governo – que não avançou no Congresso – só aumentou o receio entre os investidores. A baixa liquidez típica do final do ano também intensificou as oscilações nas negociações, enquanto o Federal Reserve dos EUA manteve uma postura conservadora, não projetando um afrouxamento nas taxas de juros.
A pressão sobre o dólar pode ser ainda mais acentuada pela expectativa de um governo Trump mais agressivo em relação às importações, complicando ainda mais a situação econômica no Brasil. Economistas alertam que enquanto não houver sinais de ajustes fiscais eficazes, a turbulência continua a ser uma realidade, e a atuação do BC precisará ser ainda mais contundente.
A Visão de Quatro Economistas para o Futuro do Dólar
**Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados**: Vale destaca que o cenário econômico brasileiro se deteriorou, tornando improvável que o dólar caia abaixo dos R$ 6,00 nos próximos meses. Segundo ele, somente um pacote fiscal significativo poderia mudar essa dinâmica, algo que parece distante no atual cenário político.
**Pedro Paulo Silveira, economista da A3S Investimentos**: Silveira argumenta que a valorização do dólar para R$ 6,00 ou um pouco mais é uma realidade crescente. Sem um compromisso claro do governo para um ajuste fiscal sério, as expectativas de inflação continuarão a piorar, o que pode elevar as taxas de juros reais a níveis críticos.
**Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda**: Maílson observa que, dada a ineficácia das ações do BC em mudar a trajetória do câmbio, os sinais são preocupantes. Um cenário de domínio fiscal pode fazer com que o controle da inflação se torne cada vez mais difícil, levando a um ciclo vicioso de endividamento e crise econômica.
**Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV**: Padovani prevê um dólar estável inicialmente, mas com tendência de alta que pode culminar em cotação de até R$ 6,50 até o final de 2025. Ele aponta que os riscos globais e a postura protecionista dos EUA agregarão incertezas ao cenário Brasil, tornando os investidores ainda mais cautelosos.
Fique de Olho!
Com essas análises em mente, é imperativo que tanto investidores quanto cidadãos se mantenham informados sobre as novidades econômicas que podem impactar diretamente a sua vida financeira nos próximos anos. A alta do dólar não é apenas um número: afeta preços, salários e a inflação que vivenciamos no dia a dia. Acompanhe as ações do Banco Central e as decisões do governo em relação às contas públicas, pois mudanças podem impactar sua economia pessoal de maneira significativa!