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Dólar em queda leve: O impacto da inflação nos EUA e as expectativas para o Copom

2024-12-11

Autor: Carolina

Hoje, 11 de dezembro, o dólar apresenta uma leve baixa frente ao real, resultado da reação do mercado aos dados de inflação dos Estados Unidos e, claro, à expectativa em torno da decisão de juros do Copom que será anunciada logo após o fechamento da sessão.

Na última divulgação, o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,3% em novembro, marcando a maior alta desde abril, após uma sequência de quatro meses em que o índice havia avançado apenas 0,2%. Em comparação anual, a inflação chegou a 2,7%, um pouquinho acima dos 2,6% registrados em outubro. Os economistas já previam esse aumento, que reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) deve começar a elevar as taxas de juros ainda em dezembro.

Em relação ao real, às 12h26, o dólar à vista apresentava uma leve queda de 0,07%, sendo negociado a R$ 6,034 tanto na compra quanto na venda. Já na B3, os contratos de dólar futuro com primeiro vencimento caíam 0,20%, cotados a 6.045 pontos. Na terça-feira, o dólar tinha encerrado o dia em R$ 6,0478, em baixa de 0,57%.

Hoje também teremos leilão do Banco Central, onde serão ofertados até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o intuito de rolar vencimentos que vão até janeiro de 2025. Importante destacar que o novo cenário econômico e as decisões do Copom são cruciais para a estabilidade do real.

Os operadores do mercado estão quase certos de que o Fed anunciará uma redução da taxa de juros em 25 pontos-base na reunião programada para 18 de dezembro. Contudo, um número de inflação superior ao esperado pode gerá pausas no atual ciclo de afrouxamento. A expectativa é de que tarifas prometidas por Donald Trump, enquanto era candidato à presidência dos EUA, possam impactar na inflação, o que pode manter os juros elevados na próxima temporada.

No foco do mercado brasileiro, a aguardada decisão do Copom está gerando várias especulações. A reunião final do ano deve trazer um aumento nos juros que o mercado já precificou. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% e as apostas indicam 69% de chance de um aumento entre 0,75 e 1 ponto percentual.

E não para por aí! Recentemente, dados do IBGE indicaram que o IPCA, índice de referência de inflação no Brasil, desacelerou no mês de novembro, mas ainda assim o aumento anual ficou acima do teto da meta inflacionária estabelecida pelo governo, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para agravar a situação, o governo busca aprovar medidas de contenção de gastos no Congresso, o que está gerando um clima de tensão entre o Executivo e o Legislativo.

Arthur Lira, presidente da Câmara, mencionou que pretende facilitar um consenso para que o pacote fiscal seja votado ainda esta semana. As movimentações no Congresso e as decisões do Banco Central podem impactar diretamente nos mercados financeiros e na vida dos brasileiros.

Enquanto isso, continue atento(a) às atualizações, pois mudanças inesperadas podem surgir a qualquer momento nesse cenário às vésperas de um final de ano tão conturbado para a economia.