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Dólar encerra a semana em alta, a R$ 5,71, mas mantém tendência de queda

2025-03-21

Autor: Mariana

O dólar fechou a sexta-feira em alta no Brasil, marcando o segundo dia consecutivo de valorização, impulsionado pelo avanço da moeda norte-americana no mercado internacional. Contudo, mesmo com essa alta, a divisa encerra a semana com uma queda acumulada em relação ao real, refletindo a cautela dos investidores frente a recentes decisões de bancos centrais e incertezas geopolíticas.

O dólar comercial fechou o dia com uma alta de 0,73%, cotado a R$ 5,717 tanto na compra quanto na venda. Durante a semana, a moeda registrou uma desvalorização de 0,51%, marcando a terceira queda semanal consecutiva.

Às 17h04 na B3, o contrato futuro do dólar para abril – o mais líquido no Brasil – avançou 0,71%, alcançando R$ 5,7290.

No Brasil, a agenda econômica estava esvaziada, o que fez com que os investidores voltassem suas atenções para o cenário externo, onde o dólar valorizou-se frente à maioria das outras divisas. Esse movimento foi impulsionado pela realização de lucros após as recentes quedas da moeda e pela expectativa de novas tarifas comerciais que os EUA devem implementar em abril, afetando diversos países.

No início do dia, o dólar atingiu uma mínima de R$ 5,6807 (+0,08%) às 9h03, logo após a abertura, e mais tarde registrou uma máxima de R$ 5,7352 (+1,04%) às 12h09, em uma sessão marcada por liquidez reduzida, o que contribuiu para os movimentos amplos nas cotações.

No decorrer da tarde, o dólar perdeu um pouco de força, mas ainda assim manteve-se acima dos R$ 5,70. O resultado acumulado da semana, no entanto, foi novamente de queda.

Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, comentou sobre o atual cenário em mensagem a clientes: “Na virada do ano, ninguém imaginava que teríamos um primeiro trimestre tão forte”, referindo-se ao recente enfraquecimento do dólar no mundo todo. Ele destacou que o índice do dólar (DXY) caiu de um pico de 110 para 103, caracterizando uma desvalorização significativa da moeda, uma reversão do chamado ‘Trump trade’, o que, segundo ele, beneficia o Brasil e outros países emergentes. Em termos gerais, o dólar acumula uma baixa de 7,50% em relação ao real ao longo do ano.