Dólar Fecha em Alta a R$ 6,18: Volatilidade em Alta Enquanto o Mercado Joga Suas Fichas na Economia Global!
2025-01-03
Autor: Gabriel
O dólar encerrou a última sexta-feira em leve alta, fechando a R$ 6,183 na venda, o que representa um crescimento de 0,29%. A sessão foi marcada por um cenário de alta volatilidade, já que a moeda norte-americana oscilou entre ganhos e perdas, resultado da agenda econômica vazia no Brasil e da baixa liquidez no mercado.
Durante a análise do dia, os investidores voltaram suas atenções para o exterior, monitorando de perto os desenvolvimentos nas duas maiores economias do mundo: Estados Unidos e China. Esses movimentos refletem o impacto que questões internacionais podem ter sobre a economia brasileira.
No início da sessão, o dólar avançou em relação ao real, impulsionado pela dúvida sobre a possível fraqueza do yuan, após notícias de que a China poderia adotar uma política monetária mais flexível. A moeda chinesa chegou a se aproximar de suas mínimas em 14 meses, levando os investidores a ponderarem sobre as implicações que isso traz para o Brasil.
A máxima do dia no Brasil foi registrada a R$ 6,2005, um aumento de 0,57% às 9h47. Contudo, a afirmação do banco central chinês, que prometeu estabilizar o yuan, fez com que a moeda brasileira se recuperasse das perdas iniciais. O dólar atingiu sua mínima do dia às 10h29, a R$ 6,1362, um recuo de 0,47%.
Porém, a recuperação não durou. Após a publicação do PMI da indústria dos EUA, que superou as projeções da Reuters (49,3 contra uma expectativa de 48,4), o dólar voltou a se valorizar. Com uma economia americana aparentemente forte e juros elevados, os operadores consolidaram suas expectativas de que o Federal Reserve manteria as taxas inalteradas na sua próxima reunião, o que torna o dólar especialmente atrativo.
Com o dólar oscilando e permanecendo próximo de suas máximas de dois anos, ficou claro que a volatilidade seria uma característica marcante do mercado. Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank, destacou que a liquidez baixa acentua movimentos no câmbio e que os próximos dias seriam guiados por pequenos ajustes.
Nos próximos meses, o foco deverá estar nos desafios fiscais enfrentados pelo Brasil, que já levaram o dólar a superar a barreira de R$ 6,00 em dezembro. Especialistas já estão prevendo um cenário complicado, com resistência em torno dos R$ 6,35, impactadas tanto por fatores internos quanto externos.
Em suma, enquanto o mercado continua a monitorar desenvolvimentos globais e o cenário fiscal brasileiro, a expectativa é de mais instabilidade. O que está claro é que as decisões dos investidores não serão fáceis, visto que os mesmos questionam a trajetória futura das cotações diante de um cenário internacional incerto.