Dólar Fecha Praticamente Estável a R$ 6,062 Em Dia de Incertezas Econômicas
2024-12-03
Autor: Carolina
Após cinco dias consecutivos de alta e atingir valores recordes, o dólar fechou nesta terça-feira, 24 de outubro de 2023, praticamente estável em relação ao real. A moeda americana, que foi impulsionada por suas oscilações no mercado externo, apresentava leve recuo em relação a outras divisas. Entretanto, as preocupações sobre o equilíbrio fiscal no Brasil continuam a manter a cotação bem acima dos R$ 6,00.
A atividade econômica brasileira teve um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao trimestre anterior, apresentando uma desaceleração em relação ao aumento de 1,4% do segundo trimestre. Esse resultado ficou alinhado às previsões dos analistas consultados, que esperavam um crescimento de 0,9%.
No encerramento do dia, o dólar à vista cotou a R$ 6,0624, com uma leve queda de 0,05%, após ter registrado um valor nominal recorde de R$ 6,0652 na véspera. No acumulado do ano, a divisa norte-americana já apresenta alta de cerca de 25% em relação ao real.
Os valores de cotação do dólar são: R$ 6,062 para compra e venda no mercado comercial, e R$ 6,109 na compra e R$ 6,289 na venda para o dólar turismo.
Como a alta do PIB brasileiro impactou ânimo do mercado? Com a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB), o dólar apresentou uma leve tendência de recuo no início do dia. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a economia crescera 0,9% no terceiro trimestre, indicando um mercado aquecido que pode gerar pressões inflacionárias.
Esse cenário é visto por economistas como um fator que pode impulsionar um ciclo de aumento da taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, o que em teoria poderia atrair mais investimentos estrangeiros para o Brasil.
No mercado internacional, o dólar se mostrava instável. Embora tenha caído em relação à maioria das moedas, houve uma alta temporária face ao won sul-coreano, após o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, ter declarado lei marcial no país.
As flutuações no câmbio refletem a sensibilidade do mercado com relação às questões fiscais internas. O governo brasileiro anunciou um corte de R$ 71,9 bilhões em despesas para os próximos dois anos, mas a proposta de isenção do Imposto de Renda não foi bem recebida, aumentando a incerteza sobre as medidas fiscais adotadas.
Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, comentou que a reação negativa ao plano de isenção revela uma complexidade nos números que não está clara para o mercado, contribuindo assim para a pressão sobre o dólar. Em determinado momento, a divisa norte-americana chegou a tocar R$ 6,0962, mas, no fim do dia, aproximou-se da estabilidade.
Em cena global, o índice do dólar, que mede seu desempenho comparado a uma cesta de seis divisas, registrou uma leve queda de 0,06%, estabelecendo-se em 106,310. Ao longo da manhã, o Banco Central do Brasil realizou leilão e vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional, uma importância estratégica na rolagem de vencimentos.
O momento é instável e as incertezas políticas e econômicas continuam a gerar volatilidade no câmbio. O que esperar para os próximos dias?