Na última segunda-feira (7), o Papa Francisco aceitou o pedido de renúncia do arcebispo Dom Odilo Scherer, mas solicitou que ele continue no comando da Arquidiocese de São Paulo por mais dois anos antes de seu afastamento definitivo.

"De acordo com a norma da Igreja, os bispos devem apresentar sua carta de renúncia ao Papa ao completarem 75 anos. O Papa, então, decide se aceita a renúncia imediatamente ou se pede um período adicional", comentou Dom Odilo. Ele completou 75 anos em 2023 e, apesar do pedido de afastamento, a resposta do Papa foi que ele deve continuar a liderar a arquidiocese até 2026.

O arcebispo destacou que este é um procedimento natural dentro da Igreja e enfatizou a importância de preparar o futuro da Arquidiocese. "A Santa Sé, após a aceitação da renúncia, inicia um processo de consulta e reflexão para identificar um sucessor, algo que requer tempo e consideração", afirmou.

Dom Odilo Scherer, que tem sido uma figura central na Igreja Católica no Brasil, assumiu a Arquidiocese de São Paulo em 2007. Durante seu tempo no cargo, ele enfrentou diversos desafios, incluindo a adaptação da Igreja às novas realidades sociais e o fortalecimento do diálogo inter-religioso. Sua liderança é marcada por uma abordagem pastoral inclusiva e modernizadora, buscando sempre o acolhimento e a justiça social.

Com sua permanência até 2026, espera-se que ele continue a implementar projetos importantes, como iniciativas de assistência social e programas voltados para a juventude. Muitos fiéis já se perguntam quem sucederá Dom Odilo e como a Arquidiocese se adaptará às novas lideranças em tempos de constantes mudanças.