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Domo de Ferro em crise? O ataque do Hezbollah revela falhas na defesa israelense!

2024-10-15

Autor: Gabriel

Nos últimos anos, os drones tornaram-se uma verdadeira dor de cabeça para Israel, especialmente após o ataque devastador do Hezbollah a uma base do Exército israelense próxima a Binyamina, em 13 de outubro. Esse ataque resultou na morte de quatro soldados e ferimentos em dezenas de outros, marcando um dos incidentes mais mortais envolvendo drones na região até hoje.

Esse episódio acendeu um alerta sobre a eficácia do caro sistema de defesa aérea de Israel, o famoso Domo de Ferro. Em uma visita à base atingida, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, mencionou que "esforços significativos" estão em andamento para desenvolver soluções que impeçam futuros ataques com drones. Embora o Domo de Ferro tenha demonstrado ser eficiente em interceptar foguetes – com uma taxa de sucesso de 90% em alvos identificados – o mesmo não pode ser dito em relação a drones, que operam sob parâmetros diferentes e apresentam um desafio complexo para as defensas.

Os ataques de drones pelo Hezbollah não são algo novo. Este ano, drones provenientes do Iraque e até mesmo do Iémen já conseguiram realizar ataques em solo israelense, demonstrando a crescente capacidade desses grupos armados. A guerra do Líbano não é mais a única fronteira a ser vigiada; o arsenal aéreo é cada vez mais sofisticado e os preços de produção dos drones são relativamente baixos, tornando essa tática uma escolha atraente para grupos terroristas.

O Hezbollah utiliza principalmente drones fabricados no Irã, que são projetados para voar em baixas altitudes, dificultando a detecção e a interceptação. A velocidade de operação dos drones – cerca de 200 km/h – torna a tarefa das forças de defesa israelenses ainda mais desafiadora, especialmente quando comparada à velocidade de caças e outras aeronaves de combate.

No último ataque, dois drones do Hezbollah foram lançados do espaço aéreo libanês. Um foi interceptado, mas o segundo escapou da detecção e conseguiu atingir a cantina da base militar, trazendo à tona a questão: até que ponto as defesas aéreas de Israel estão preparadas para enfrentar essa nova ameaça? Especialistas como Sarit Zehani, do Alma Research Institute, acreditam que o ataque foi meticulosamente planejado, aproveitando-se de uma "sobre carga" no sistema defensivo devido ao disparo simultâneo de foguetes na região.

Desde o início da guerra, o Alma Research Institute documentou impressionantes 559 incidentes de drones atravessando a fronteira norte de Israel, deixando um histórico preocupante de ataques bem-sucedidos. Além do Domo de Ferro, outros sistemas como o Estilingue de Adão e as tecnologias Arrow 2 e 3 foram desenvolvidos para enfrentar mísseis balísticos; mas a necessidade de uma resposta mais eficaz contra drones torna-se cada vez mais urgente e prioridade para as forças armadas israelenses.

Como resposta a essas novas ameaças, a recente colaboração com os Estados Unidos para integrar o sistema Thaad pode representar um avanço significativo no aprimoramento da defesa aérea de Israel. No entanto, o país ainda está em busca de soluções permanentes para contrabalançar a evolução dos ataques com drones e proteger seus cidadãos de ameaças aéreas em constante mudança.