
‘Dra. Silvana’: Falsa enfermeira presa após procedimento que deixou homem impotente foi candidata a vereadora
2025-03-22
Autor: João
Maria Silvânia Ribeiro da Silva, de 39 anos, foi presa em uma operação da Polícia Civil que investiga casos de lesões corporais graves em pacientes de duas clínicas de estética. Ela se destacou ao concorrer a uma vaga de vereadora em Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia, e chegou a se identificar como médica ao registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um dos casos investigados envolve um homem que ficou impotente após um preenchimento peniano realizado por Luana Nadejda Jaime, considerada foragida e também alvo da investigação.
Silvânia, que se apresentava como "Dra. Silvana", concorreu pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). Ao se inscrever no TSE, declarou ter ensino superior completo e identificou-se como médica. Contudo, a polícia revelou que todos os diplomas e certificados que apresentou, incluindo um suposto certificado de enfermagem, são falsos.
De acordo com a delegada Dêborah Melo, "o restante dos certificados são de cursos livres, que não têm reconhecimento do MEC [Ministério da Educação]". Essa descoberta gerou questionamentos sobre a validade dos documentos apresentados por Silvânia e o procedimento de verificação realizado pelo TSE durante as candidaturas.
Surpreendentemente, ela recebeu mais de R$ 5 mil em fundos partidários, mas não foi eleita, obtendo apenas 31 votos.
A operação policial que resultou na prisão de Silvânia ocorreu devido a um procedimento de estética que deixou uma paciente em estado crítico, necessitando de internação em UTI e intubação. Após esse incidente, as autoridades foram até a clínica de Silvânia, onde encontraram várias irregularidades e decidiram interditá-la.
Além disso, Silvânia alegou ter feito biomedicina online e uma pós-graduação com Luana Nadejda Jaime. Esta última, que também enfrenta acusações de lesões corporais em outros pacientes, está sendo procurada pela polícia.
Casos de profissionais de saúde que utilizam documentos falsificados têm se tornado uma preocupação crescente no Brasil, levantando questões sobre a fiscalização das autoridades de saúde e a segurança dos pacientes. Em um país onde procedimentos estéticos estão cada vez mais populares, o caso de Silvânia serve como um alerta sobre a importância de buscar profissionais qualificados e regulamentados.