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Edmundo González anuncia retorno triunfante à Venezuela como 'presidente eleito' em 10 de janeiro

2024-10-04

Edmundo González, candidato destacado pelo partido de oposição da Venezuela, fez uma declaração ousada neste dia 4 de janeiro, ao afirmar que seu plano é voltar ao seu país no dia 10 de janeiro, quando pretende assumir o cargo como 'presidente eleito'.

Durante um evento empresarial na Espanha, González, que buscou asilo político após enfrentar um mandado de prisão acusado de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro, expressou sua convicção de que a democracia será restaurada na Venezuela. "Voltarei o mais rápido possível. No dia 10 de janeiro, estarei tomando posse como presidente eleito", garantiu ao público e à imprensa.

González deixou a Venezuela em 9 de setembro, fugindo da repressão política e afirma que buscou refúgio em solo espanhol por temer por sua vida. As forças de segurança ligadas a Maduro já estavam em sua busca, segundo informações que ele recebeu antes de deixar o país.

As tensões na Venezuela aumentaram após as recentes eleições, nas quais Nicolás Maduro foi declarado vencedor em um pleito somado a alegações de fraude. Representantes do Centro Carter, que atuaram como observadores eleitorais, afirmaram instrumentalizar aspectos técnicos, como cópias de atas eleitorais e a utilização de códigos QR, para garantir a transparência do processo. Contudo, muitas dessas informações ainda estão em dúvida devido à publicação tardia das atas.

A oposição, liderada por figuras como María Corina Machado e Edmundo González, contesta os resultados, alegando que eles têm provas concretas que demonstram uma vitória de González, com novas estimativas apontando que ele teria obtido mais de 67% dos votos. Essa discrepância gerou fortes reações tanto do governo quanto da comunidade internacional, que clamam por uma investigação aprofundada da legitimidade do processo eleitoral.

Além da pressão interna, a ONU também se manifestou em relação à situação da Venezuela, afirmando que a segurança dos dados eleitorais é imprescindível. Especialistas da organização, juntamente com a equipe do Centro Carter, foram forçados a deixar o país em decorrência da crescente hostilidade, mas relataram a necessidade urgente de soluções democráticas para os problemas que afligem a nação.

As próximas semanas serão cruciais, pois tanto a oposição quanto o governo já estão se preparando para o que pode ser um intenso período de mobilização e protestos, enquanto González promete retornar ao seu país para apresentar sua reivindicação de poder. O que poderá ocorrer no dia 10 de janeiro é um mistério, mas certamente será um evento que marcará a história política da Venezuela.