Saúde

Ela enfrentou sérios problemas após PMMA: 'Minha pálpebra caiu e meu olho não fechava mais'

2025-01-13

Autor: Mariana

Erika, em busca da correção de olheiras, passou por procedimentos cirúrgicos que resultaram em sequelas alarmantes. Depois de se submeter a um tratamento com PMMA, uma substância plástica que se tornou popular na indústria estética, ela não conseguia mais fechar os olhos, desenvolveu uma úlcera ocular e teve que realizar mais duas cirurgias.

Em um relato marcante, Erika compartilhou sua experiência, que inspirou o documentário 'Além das Aparências', disponível no YouTube. "Sempre sofri com olheiras intensas e busquei um especialista por 15 anos. Ele recomendou o PMMA, mas na época, ninguém falava sobre seus perigos. Inicialmente, obtive resultados positivos, mas com o passar do tempo, as complicações começaram a surgir."

Erika ficou com uma bolsa abaixo dos olhos e, após várias tentativas mal-sucedidas de correção com aplicações de ácido hialurônico, seu marido a levou a um cirurgião de confiança. "O médico garantiu que tudo seria resolvido. Fiz a cirurgia em outubro, mas ao acordar, percebi que o inchaço escondia uma piora. Tive uma infecção e minha pálpebra caiu, meu olho ficou incapaz de fechar", relatou. Essa situação a afastou do trabalho e a deixou angustiada, já que sua profissão dependia de sua aparência.

Após seis meses e sem melhorias, o médico sugeriu uma segunda cirurgia, mas o resultado foi desastroso. Erika decidiu buscar uma segunda opinião. "Uma amiga me ajudou a perceber que eu não poderia continuar assim. Ao enviar fotos para outro médico, fui aconselhada a entrar em consulta imediatamente", contou. A nova abordagem exigiu outra cirurgia, onde a pele da parte de trás da orelha foi usada para corrigir a pálpebra afetada. Após um processo doloroso de recuperação e seguindo rigorosamente as orientações médicas, por fim, seus olhos voltaram ao normal.

Entendendo o risco: A oftalmologista e cirurgiã plástica ocular, André Borba, explica que as olheiras podem ter múltiplas causas e que nem sempre um tratamento cirúrgico é necessário. "Existem várias abordagens: o botox pode diminuir rugas, enquanto o preenchimento é utilizado em casos de olhos profundos e o laser ajuda na homogeneização da pigmentação. Muitas vezes, cuidados em casa podem ser suficientes."

Borba enfatiza a importância de pesquisa antes de se submeter a qualquer cirurgia estética. Erika, que passou por procedimentos complexos e dolorosos devido ao uso do PMMA, alerta sobre os riscos associados. O PMMA, um componente plástico comum na estética, oferece resultados permanentes, mas pode causar complicações sérias, como granulomas e danos aos rins.

Vale lembrar que, apesar da permissão para uso no Brasil sob determinadas condições, o PMMA apresenta riscos que não devem ser subestimados. Muitas pessoas estão em busca desesperada por procedimentos estéticos e podem não entender completamente os riscos envolvidos. O caso de Erika serve como um alerta a todos que consideram intervenções estéticas sem a devida pesquisa e acompanhamento de profissionais qualificados.