As eleições municipais deste ano registraram uma abstenção de 21,71%, um número que, apesar de menor que os 23,15% de 2020 durante a pandemia, ainda é alarmante se comparado aos 17,58% de 2016. Essa alta taxa de ausências nas urnas levanta questões sobre o engajamento cívico e a participação da população nas decisões democráticas.

Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a importância de valorizar as instituições democráticas. "Nós devemos reconhecer a normalidade do processo eleitoral e não permitir que a sociedade rompa com a institucionalidade democrática", afirmou, enfatizando o papel ativo que a sociedade deve ter na manutenção da democracia.

No que diz respeito à segurança durante as eleições, a polícia registrou 295 ocorrências. Cármen Lúcia também expressou seu agradecimento às forças de segurança, que durante o período eleitoral lideraram operações que resultaram na apreensão de R$ 1,7 milhão em dinheiro ilícito apenas no dia da eleição, somando mais de R$ 21 milhões durante toda a campanha.

Após o fechamento das urnas, Cármen Lúcia manifestou sua satisfação em relação à tranquilidade das eleições, mas lamentou a ausência de representação feminina. "É triste que, mesmo após tantas campanhas de conscientização, ainda tenhamos a realidade de que nenhuma mulher foi eleita nas capitais dos estados no primeiro turno", comentou, ressaltando a necessidade de mais esforços para garantir a igualdade de gênero na política.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também informou que 3.218 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas devido a problemas técnicos, e que em uma única seção eleitoral a votação precisou ser manual por falta de equipamentos disponíveis. Essa situação não apenas destaca os desafios técnicos enfrentados nas eleições, mas também reforça a importância da modernização e da confiabilidade dos sistemas eleitorais para garantir a participação do eleitorado.