Na última terça-feira, 1º de outubro, um susto tomou conta da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o voo de retorno ao Brasil. Um dos pilotos do avião VC-1, a aeronave oficial, declarou situação de emergência à torre de controle e solicitou o auxílio do Corpo de Bombeiros ao se aproximar da Cidade do México. A situação crítica ocorreu após o avião sofrer um incidente no ar.

Em gravações que foram posteriormente divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, o piloto identificou o voo pelo código BRS01 (Bravo Romeo Sierra 01) e, ao fazer uma curva à direita, emitiu o alerta de emergência: "Pan-pan, pan-pan, pan-pan". O uso de "pan-pan", uma terminologia da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), indica uma emergência que não é de vida ou morte, diferentemente do dramático "mayday".

Esse alerta pode ser utilizado em diversas situações, desde a necessidade de atendimento médico para um passageiro a problemas mecânicos com a aeronave. No caso do avião presidencial, investigações iniciais apontam que a emergência foi causada por uma colisão com um pássaro.

Enquanto aguardava as instruções para pousar, o avião permaneceu em voo circular por cerca de 5 horas. Essa manobra é uma prática comum em situações de emergência, permitindo que a aeronave gaste combustível e diminua o peso, o que facilita um pouso mais seguro. Embora o auxílio do Corpo de Bombeiros tivesse sido solicitado, a equipe não precisou intervir, pois tudo correu conforme o planejado durante a aterrissagem.

Além de Lula, outras 15 pessoas estavam a bordo do voo. Após esses momentos de tensão, o presidente Lula foi transferido para outra aeronave e, felizmente, chegou ao Brasil na quarta-feira, 2. Este incidente destaca a realidade das emergências aéreas e a importância do treinamento da tripulação para lidar com situações de risco.