"Envelheci 20 anos em 2 semanas": testemunho impactante de mulher com menopausa precoce
2025-01-07
Autor: Carolina
O câncer de mama é uma realidade alarmante que afeta milhões de mulheres ao redor do planeta, trazendo consigo uma série de desafios, tanto físicos quanto emocionais. Entre elas, está Anna Sullivan, que foi diagnosticada com a doença aos 37 anos e teve que enfrentar a triste realidade da menopausa precoce como consequência de seu tratamento.
Tudo começou em outubro de 2017, quando Anna sentiu um caroço acima do seio direito e inicialmente acreditou que era algo residual da amamentação de seu filho, que na época tinha apenas 18 meses. A dor da perda de sua mãe, que faleceu devido a um câncer agressivo dois anos antes, a impulsionou a procurar um médico, o que acabou salvando sua vida.
Após uma série de exames, Anna recebeu o diagnóstico de câncer de mama precoce, receptor de estrogênio positivo (ER+). Para sua surpresa, o tratamento indicado não incluía quimioterapia, mas deveria começar imediatamente uma terapia hormonal. Dois meses depois, ela se submeteu a uma mastectomia unilateral e começou um longo tratamento de dez anos, que incluía medicamentos diários para bloquear a produção de estrogênio e injeções trimestrais para interromper o funcionamento dos ovários.
Anna narra: "Meu oncologista me avisou que esses tratamentos iriam me empurrar para a menopausa", mas, desinformada sobre o que isso implicava, ela não fez perguntas sobre os efeitos colaterais. Assim, o que deveria ser uma luta pela vida rapidamente se transformou em uma luta contra os efeitos físicos e emocionais da menopausa precoce.
Os sintomas surgiram como um furacão: insônia, suores noturnos, ondas de calor, dores musculares, alterações de humor e fadiga tomaram conta de sua rotina. Além disso, ela também lidou com a Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM), que provocou infecções urinárias constantes e secura vaginal, prejudicando sua vida sexual. Anna desabafa: "Aos 37 anos, eu era como Benjamin Button ao contrário — envelheci 20 anos em apenas duas semanas."
O impacto na vida social foi devastador. "Sentia-me isolada na minha experiência. Não conseguia me abrir com meus amigos, pois ninguém ao meu redor havia passado por algo parecido”, recorda.
Na busca por alívio, Anna decidiu experimentar uma variedade de vitaminas e suplementos. Embora alguns tenham trazido alívio temporário, ela observou que o mercado de produtos contra a menopausa alimentava uma cultura de consumo que prometia soluções mágicas para "antienvelhecimento", mas pouca efetividade no que realmente importava. "No início, achei difícil resistir a produtos que prometiam restaurar minha juventude. Gastei uma fortuna, e mesmo assim, nada funcionou. Sempre havia um outro produto que parecia ser a solução", relata.
Com o tempo, Anna reformulou sua abordagem em relação à saúde. Ela adaptou sua rotina de exercícios, focando em força e mobilidade, em vez de se preocupar apenas com a balança. Ela percebeu que a menopausa não se resumia apenas a ondas de calor, mas incluía um significante aumento no risco de doenças sérias, como osteoporose e demência. "Aprendi a redefinir minhas expectativas em relação à beleza e a autoestima, percebendo que não preciso me comparar aos padrões de ninguém", afirma.
O diagnóstico de câncer também alterou drasticamente a forma como Anna enxergava o tempo e a vida. Nos primeiros dias após a biópsia, a ansiedade e o medo a consumiam, principalmente o temor de não acompanhar o crescimento dos filhos ou de não ter a chance de se tornar avó. "Desesperava-me para sobreviver ao câncer e envelhecer", relembra.
Entretanto, a experiência dolorosa da menopausa provocada pela terapia fez Anna sentir como se a juventude tivesse lhe sido arrancada. Determinada, ela percebeu que precisava resgatar o que era realmente importante: a celebração da vida. Hoje, Anna busca um equilíbrio entre o amor-próprio e os cuidados diários, compreendendo que envelhecer é natural e que isso não é uma falha a ser corrigida, mas um aspecto inevitável da jornada da vida.