Os ataques em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, tiveram início na madrugada de ontem e se prolongaram por várias horas, atingindo especialmente o antigo e populoso distrito central, conforme relatado pelo prefeito Ihor Terekhov.

A intensidade dos bombardeios deixou a comunidade local em choque, enquanto se tenta entender quais alvos foram atingidos. Esses incidentes se desenrolam apenas uma semana após um esforço temporário de cessar-fogo mediado por autoridades dos Estados Unidos, que visava limitar ataques a instalações de energia e infraestrutura do essencial Mar Negro. Ambas as nações, Ucrânia e Rússia, se acusam mutuamente pela quebra da moratória.

O presidente Volodymyr Zelenskiy alertou no último domingo (30) que mais de 1.000 drones russos foram lançados contra a Ucrânia na semana anterior, aumentando a pressão sobre os Estados Unidos e seus aliados para que ofereçam assistência militar mais robusta. Em resposta, a Rússia alegou que os drones ucranianos atacaram suas instalações de energia.

Desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, o conflito se intensificou e se transformou em um campo de batalha sangrento e brutal, já durando quase três anos. Ambos os lados insistem que não têm como alvo civis, afirmando que seus ataques são direcionados a desmantelar a infraestrutura militar adversária, considerada vital para seus esforços na guerra.

Tragicamente, um ataque de drone russo em Kharkiv no último fim de semana resultou na morte de duas pessoas e deixou outras 35 feridas, conforme confirmaram autoridades locais.

Oleh Sinehubov, governador da região de Kharkiv, acrescentou que os bombardeios noturnos ocorreram após um ataque com mísseis na cidade de Kupiansk na noite de domingo, que feriu três pessoas e causou a destruição de mais de 10 residências e um cemitério na área.

Kupiansk, localizada a leste de Kharkiv, foi capturada pelas forças russas no início da invasão e recapturada posteriormente pelas tropas ucranianas no mesmo ano. Atualmente, a cidade enfrenta novas e crescentes pressões devido à intensificação dos ataques russos.

Embora as tensões aumentem e os ataques se tornem mais frequentes, Moscou ainda não se pronunciou sobre os recentes bombardeios em Kharkiv. O futuro para os cidadãos ucranianos permanece incerto, e o apelo por ajuda internacional cresce a cada dia. A situação em Kharkiv, uma vez próspera, retrata agora o impacto devastador do conflito e a resiliência de um povo em luta.