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Escândalo Bolsonaro: PF Descobre Aplicativo de Grampo em Celular de Assessora!

2025-04-08

Autor: Pedro

A Polícia Federal (PF) fez uma descoberta chocante ao localizar um aplicativo de monitoramento no celular da assessora de Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Esse software de grampo foi encontrado durante uma perícia no aparelho, apreendido em uma operação que teve início em janeiro do ano passado, o que levanta sérias questões sobre privacidade e vigilância.

As revelações vieram à tona em uma petição sigilosa apresentada pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF), dentro de uma investigação que analisa a existência de uma estrutura ilegal de espionagem, conhecida como “Abin paralela”, dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Atualmente, as apurações estão na fase final, com a PF planejando concluir um relatório em abril. Já foram reunidos elementos suficientes para solicitar o indiciamento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Durante o seu depoimento na Superintendência da PF, realizado na última sexta-feira (4/4), a assessora de Carlos refutou todas as informações levantadas no inquérito. Quando questionada sobre o aplicativo encontrado, ela alegou que o utilizava para monitorar seu filho menor de idade. Essa justificativa, no entanto, trouxe ainda mais sombras sobre as credibilidade de suas afirmações. Essas informações foram inicialmente divulgadas pelo SBT News e posteriormente corroboradas pelo Metrópoles.

Carlos Bolsonaro, o “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foi ouvido pelos investigadores. As perguntas se concentraram nas atividades de Ramagem na Abin. Carlos afirmou não ter uma relação próxima com Ramagem, alegando que só o conheceu em 2018, quando este assumiu a coordenação da segurança de Bolsonaro durante a campanha presidencial, após o atentado em Juiz de Fora (MG).

O vereador rebateu qualquer acusação de ter solicitado informações obtidas de forma ilegal pela “Abin paralela”, que supostamente utilizou o software israelense FirstMile para espionagem de celulares.

Em janeiro do ano passado, Carlos Bolsonaro foi alvo de uma ampla operação da PF. As investigações indicam que o vereador pode ter encomendado pesquisas e sugerido alvos para serem vigiados pelo software espião, que capturava a localização de pessoas, incluindo rivais políticos, jornalistas e autoridades.

Ainda segundo as investigações, entre os nomes que teriam sido espionados estariam os ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ex-governador do Ceará, Camilo Santana, atual ministro da Educação.

Uma mensagem comprometedora foi encontrada pela PF, revelando uma conversa entre a assessora de Carlos e uma assistente de Ramagem, onde a assessora pedia informações sobre dois inquéritos envolvendo Bolsonaro e seus filhos.

Essas revelações se juntam a uma série de controvérsias e questionamentos éticos envolvendo a família Bolsonaro e levantam temores sobre o uso inadequado de tecnologias de monitoramento por agentes ligados ao governo. A sociedade civil e especialistas clamam por maior transparência e responsabilização diante de suspeitas tão sérias.