Um depoimento explosivo de um funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à Polícia Federal trouxe à tona uma grave acusação de espionagem. O relato afirma que o governo brasileiro, sob a gestão de Jair Bolsonaro e continuando com Lula, manteve operações de ataque hacker contra sistemas da Presidência e do Congresso do Paraguai. As informações foram divulgadas por fontes confiáveis do portal UOL, e a TV Globo teve acesso a partes deste depoimento bombástico.

O Paraguai, indignado, exige explicações do Brasil e informou a paralisação das negociações sobre a comercialização da energia da usina hidrelétrica de Itaipu, um projeto crucial para ambos os países desde 1984.

💡 Entenda a importância da Usina Itaipu

Considerada a maior produtora de energia do mundo, a hidrelétrica já foi um marco na cooperação entre Brasil e Paraguai, mas agora se torna o epicentro de um escândalo de espionagem. Localizada no estado do Paraná, a usina também representa um pilar econômico para o Paraguai, que agora se vê em uma situação vulnerável.

### O que o denunciador da Abin revelou?

O funcionário da Abin que fez o depoimento contou que as operações de invasão hacker começaram ainda na administração de Bolsonaro (2019-2022) e foram mantidas durante a administração de Lula, com a autorização de altos executivos da Abin. Ferramentas sofisticadas de intrusão, como o Cobalt Strike, foram supostamente usadas, além do envio de e-mails com engenharia social para capturar informações sensíveis de autoridades paraguaias.

Segundo os detalhes fornecidos, os hackers conseguiram invadir sistemas do Congresso do Paraguai e da Presidência, levantando profundas preocupações sobre a segurança nacional do país vizinho.

### O que está em jogo no Anexo C?

O depoimento indicou que a espionagem tinha como finalidade obter dados sobre valores discutidos no Anexo C do Tratado de Itaipu, que regula a comercialização da energia da usina. Este anexo inclui parâmetros financeiros e compromissos entre Brasil e Paraguai, a revisão das cláusulas estava agendada para este ano, 2023, agora sob uma nuvem de incerteza devido a este escândalo.

### O que houve depois do depoimento?

Em resposta ao furor causado pelo depoimento, o governo Lula reconheceu que a operação de espionagem realmente ocorreu de junho de 2022 até março de 2023, mas tentou minimizar o impacto ao afirmar que a prática foi iniciada anteriormente e que já foi suspensa. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, conversou com seu homólogo paraguaio, Rubén Ramírez Lescano, em uma tentativa de acalmar as tensões.

### A reação do Paraguai

A reação do Paraguai foi rápida e severa. O ministro paraguaio de Indústria e Comércio, Javier Giménez García de Zúñiga, congelou as discussões sobre o Anexo C até que a questão da espionagem seja detalhadamente esclarecida. O governo paraguaio também deixou claro que não há evidências de que a espionagem tenha sido bem-sucedida, mas a situação coloca uma pressão imensa nas relações bilaterais.

### Um futuro incerto

Diante dos novos desdobramentos, o governo paraguaio convocou o embaixador brasileiro para fornecer esclarecimentos adicionais. Com as relações entre os dois países fragilizadas, o futuro das negociações sobre Itaipu permanece incerto e tende a deixar marcas profundas nas relações diplomáticas entre Brasil e Paraguai.

🔍 Acompanhe os próximos capítulos dessa história que pode mudar os rumos da energia na América do Sul e as relações entre Brasil e Paraguai!