Saúde

Escândalo das Vacinas: 58 Milhões de Doses da Covid-19 Vencem no Estoque Federal e Perdas nos Municípios São Aterrorizantes!

2024-11-23

Autor: Julia

O Ministério da Saúde está enfrentando uma crise alarmante: mais de 58 milhões de vacinas contra a Covid-19 venceram no estoque federal desde o início da campanha de vacinação em 2021. Esse número impactante corresponde a doses que nem sequer chegaram a ser distribuídas para os estados e municípios, resultando em um prejuízo estimado em cerca de R$ 2 bilhões.

Apesar da tentativa de minimizar as perdas, como a troca de 4,2 milhões de doses da vacina Moderna, o cenário é preocupante. As divergências nos dados entre o Ministério da Saúde e as secretarias locais complicam ainda mais a situação. O cruzamento de informações revelou uma discrepância superior a 175 milhões entre as vacinas distribuídas e as efetivamente aplicadas. Em São Paulo, por exemplo, o governo afirma ter aplicado 144 milhões de vacinas, enquanto o Ministério só contabiliza 131 milhões. O que está acontecendo com essas vacinas?

Pior ainda, o governo Jair Bolsonaro (PL) foi responsável pela compra de mais de 70% das vacinas que agora estão vencidas. Muitas delas da AstraZeneca/Fiocruz, adquiridas em um momento de crise aguda de saúde pública. O governo Lula (PT) herdou um estoque comprometido e, mesmo assim, enfrenta críticas pela lentidão na compra e distribuição de novas doses de vacinas.

Além disso, um lote alarmante de 10 milhões de doses da Coronavac, adquiridas no final de 2023, está quase totalmente vencido, resultando em um desperdício superior a R$ 260 milhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) já indicou a existência de obstáculo na apuração do número real de vacinas perdidas e estima que, em setembro de 2022, haviam 54,2 milhões de vacinas vencidas nos estados e municípios.

As ruptura de dados e o atraso no registro das doses aplicadas dificultam ainda mais o controle e a transparência sobre a imunização. O TCU pediu uma pesquisa mais rigorosa sobre as doses perdidas e os resultados ainda não foram divulgados.

Os desafios enfrentados pelos gestores municipais também são significativos. O armazenamento e distribuição das vacinas de mRNA, que requerem temperaturas extremamente baixas, são um grande problema, pois muitos municípios não possuem os equipamentos adequados, como ultrafreezers. Isso resulta em vacinas armazenadas em centrais estaduais e, após pedidos, transferidas para congeladores convencionais em prefeituras, onde a validade se reduza drásticamente.

Em meio a toda essa calamidade, as causas das perdas estão ligadas a vários fatores: adesão da população, resistência à vacinação decorrente de desinformação, mudanças rápidas nas recomendações de vacinas e as condições de armazenamento exigidas.

É inegável que essa perda massiva de vacinas não só prejudica a saúde pública, mas também lança uma sombra sobre a gestão atual da imunização no Brasil. O que mais vamos descobrir sobre o legado de vacinas vencidas no Brasil? A situação é crítica e exige uma resposta urgente!