Escândalo do "Vale-Peru": TJMT cobra R$ 10 mil de magistrados e servidores
2024-12-29
Autor: João
Um verdadeiro rebuliço tem tomado o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) após a presidente da Corte, desembargadora Clarice Claudino da Silva, ordenou que magistrados e servidores devolvam o controverso "vale-peru" de R$ 10 mil, que foi concedido como um generoso vale-alimentação para o mês de dezembro.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia anteriormente decidido suspender esse benefício, mas, conforme alegações do TJMT, o pagamento foi realizado antes da publicação da decisão do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques. Essa situação levantou uma série de questionamentos sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos dentro do judiciário.
Após a determinação do CNJ, o TJMT anunciou a necessidade da devolução do montante. "Os magistrados deverão devolver o valor em parcela única, diretamente na conta do TJMT. Os procedimentos necessários foram enviados por e-mail", informou a Corte em nota oficial ao site Metrópoles.
No que diz respeito aos servidores, foi proposta ao Corregedor Nacional de Justiça a possibilidade de restituição parcelada, que seria descontada diretamente da folha de pagamento. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso enfatizou que está implementando as medidas administrativas necessárias para cumprir a ordem de suspensão emanada pela Corregedoria Nacional.
Este episódio serve como um alerta sobre a necessidade de fiscalizar como os recursos públicos são geridos no poder judiciário. Casos como esse fazem parte de um contexto maior de busca por maior equidade e responsabilidade na utilização do dinheiro do contribuinte. Além disso, abre um espaço para debates sobre a moralidade e ética nas esferas do serviço público, temas que continuam em pauta no Brasil.