O Itaú, um dos maiores bancos do Brasil, está envolvido em um escândalo recente que envolve a violação de normas internas por parte de seu ex-CFO. A investigação em questão foi conduzida pelo comitê de auditoria do banco, com o suporte da auditoria interna, mas a identidade do fornecedor relacionado às irregularidades não foi divulgada.

De acordo com documentos internos, as irregularidades não afetam as demonstrações financeiras da instituição e foram restritas a acordos com um fornecedor específico, sem repercussão em outros relatórios financeiros.

Durante uma assembleia de acionistas realizada na última quinta-feira (5), na Torre Olavo Setubal, a diretoria do banco decidiu que tomará “todas as medidas legais cabíveis” contra as irregularidades identificadas. A primeira ação será um “protesto interruptivo de prescrição”, que visa suspender o prazo legal para qualquer ação judicial que o banco planeje mover.

Além disso, o Itaú está buscando a anulação das contas aprovadas de seu ex-CFO e pretende responsabilizar tanto o executivo quanto o fornecedor em esferas administrativas e judiciais. A auditoria externa, Pwc, foi acionada e afirmou que não vê a necessidade de refazer os relatórios de auditoria referentes aos últimos três balanços anuais, considerando o montante financeiro envolvido.

Broedel, que ocupou a posição de CFO do Itaú de 2021 até sua saída em julho de 2024, agora se prepara para assumir um novo cargo de contabilidade no Santander global em 2025, após ter solicitado sua demissão.

Essa não é a primeira vez que o Itaú enfrenta problemas relacionados a seus executivos. Pouco mais de uma semana atrás, a instituição demitiu o diretor de marketing, Eduardo Tracanella, devido ao uso indevido do cartão corporativo. Com essa sequência de acontecimentos, o banco se vê em uma situação delicada, levantando sérias questões sobre a governança corporativa e a integridade de suas operações.