Ciência

Escândalo no RS: Fábrica de Laticínios Produzia Leite com Soda Cáustica; Seis Presos!

2024-12-11

Autor: Mariana

Uma chocante operação policial, chamada Leite Compen$ado, revelou que uma fábrica no Rio Grande do Sul, a Dielat Laticínios, estava adicionando soda cáustica, água oxigenada e até "pelos indefinidos" ao leite. O resultado? Seis pessoas foram presas, incluindo um homem notório conhecido como o "mago do leite".

A operação foi iniciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Taquara, uma cidade no Vale do Paranhana, onde a fábrica produzia uma variedade de produtos lácteos, como leite UHT, leite em pó e soro. De acordo com o MPRS, os produtos adulterados não ficaram restritos ao Brasil; eles eram distribuídos até na Venezuela sob a marca Tigo, enquanto no Brasil levavam nomes como Mega Lac e Mega Milk.

A investigação teve início após denúncias que alertaram sobre a adulteração no processo de fabricação. Ao chegarem na fábrica, os agentes encontraram evidências alarmantes: produtos lácteos com adição de soda cáustica, água oxigenada e ainda contaminações visíveis, como pelos e sujeira nas embalagens.

Cerca de 110 agentes de segurança participaram das operações, cumprindo quatro mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo a capital paulista. O escopo da operação revelou um esquema muito mais complexo do que se imaginava, levando os investigadores a concluir que os envolvidos estavam utilizando métodos sofisticados para despistar as autoridades.

Entre os presos estavam diretores e engenheiros, incluindo o "mago do leite", que já tinha se envolvido em fraudes semelhantes no passado e estava em liberdade condicional, aguardando julgamento de uma prisão anterior. Dessa vez, sua abordagem foi ainda mais disfarçada. Segundo o promotor Mauro Rockenbach, ele empregava fórmulas específicas para adicionar soda cáustica que, caso não fosse bem monitorada, não seria detectada nas análises comuns.

A sodabilidade da soda cáustica usada para ajustar a acidez do leite pode resultar em produtos sem qualidade e potencialmente perigosos. As irregularidades foram encontradas não apenas no leite UHT, mas também em diversos produtos lácteos, que incluem leite em pó e compostos lácteos, chegando ao ponto de reprocessar produtos vencidos para reinstaurá-los ao mercado. Essa prática é não apenas antiética, mas também um grave risco à saúde pública.

Além de começar a usar código linguístico para despistar investigações, os responsáveis pela fábrica estavam atentos a cada passo da Lei. A utilização de água oxigenada serviria para matar micro-organismos em produtos deteriorados, o que representa um risco ainda maior à saúde dos consumidores.

O mais alarmante é que a Dielat já havia conquistado contratos para fornecer laticínios a escolas em cidades do interior de São Paulo. O MPRS agora aguarda resultados laboratoriais para identificar exatamente quais lotes foram contaminados e possivelmente entregues a essas instituições.

A sociedade clama por justiça e medidas severas para coibir esse tipo de crime, que coloca em risco a saúde de milhares de pessoas. Este escândalo evidencia a necessidade urgente de fiscalização e controle na indústria alimentícia no Brasil!