Nação

Escândalo no STF: traficante revela lista de clientes com apelidos inusitados como 'Mijã', 'Batata' e 'Minhoquinha'

2024-10-10

Autor: Carolina

Uma audaciosa investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou ser um verdadeiro escândalo envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). Douglas Ramos da Silva, um eletricista acusado de ser o elo entre fornecedores de drogas e funcionários do tribunal, foi preso em setembro do ano passado. Durante a ação, a polícia encontrou um caderno com uma lista alarmante de clientes, incluindo apelidos absurdos como 'Mijã', 'Batata' e 'Minhoquinha'.

Na manhã de quinta-feira (10/10), os policiais intensificaram as operações em busca dos fornecedores de drogas, dando continuidade à Operação Shadow, que visa desmantelar essa complexa rede de tráfico. Essa operação, resultado de quase um ano de investigações, identificou quatro alvos principais que estavam envolvidos na distribuição de entorpecentes para servidores e colaboradores de instituições públicas, incluindo o STF.

As investigações mostraram que os criminosos utilizavam o WhatsApp para facilitar as transações, revelando uma estrutura bem organizada que se aproveita da tecnologia para disseminar o tráfico de drogas. A Operação Shadow mobilizou cerca de 50 policiais, incluindo equipes da Divisão de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores, em mandados de busca e apreensão em regiões como Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas (GO).

Entre os alvos da operação, um homem de 34 anos, com antecedentes criminais, atuava no papel de intermediário da logística de distribuição. Outro criminoso, que possui um longo histórico criminal desde 2009, atua como um dos principais fornecedores da organização. Um terceiro indivíduo, de 23 anos, usava múltiplos endereços para despistar a polícia, enquanto o último, de 36 anos, estava em prisão domiciliar, mas continuava suas atividades criminosas.

Os investigados enfrentam acusações graves de tráfico de drogas e associação ao tráfico, com penas que variam de 5 a 15 anos de reclusão. O STF, em nota, afirmou que está colaborando com as investigações e ressaltou que os eventos relatados dizem respeito ao 'fornecimento que teria ocorrido em estacionamento próximo ao tribunal', mas não têm ligação direta com a instituição.

É alarmante perceber como os laços entre o tráfico de drogas e servidores de instituições de alta relevância, como o STF, podem ser mais profundos do que se imaginava. A sociedade espera que essas investigações continuem e que a justiça seja feita, longe das 'sombras' onde esses crimes se escondem.