
Estudante de medicina da USP se torna foragida após romper tornozeleira eletrônica
2025-04-04
Autor: Lucas
A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares, de 37 anos, está foragida após romper a tornozeleira eletrônica que utilizava desde que ganhou liberdade provisória em 8 de agosto de 2023. A decisão a favor da liberdade foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois de sua prisão durante os atos de 8 de janeiro, onde ela estava participando de uma manifestação contrária à vitória de Lula nas eleições presidenciais.
De acordo com a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Fortaleza (CE), a estudante não tem cumprido as medidas cautelares impostas, que incluem comparecimento semanal ao tribunal. O descumprimento das obrigações começou em maio do ano passado, e a situação foi reportada ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Os dados da Coordenadoria de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (COMEP) indicam que o rompimento da tornozeleira foi registrado no dia 25 de maio de 2024, às 08h04, quando um alerta foi enviado pelo sistema de monitoramento. O equipamento identificado com o número 4111045905, utilizado por Roberta, sinalizou um "ROMPIMENTO" e permanece nessa condição desde então.
Roberta, que é filha de um segundo-tenente do Exército, estava em sua segunda graduação em medicina após se mudar para São Paulo em 2020. Durante a manifestação em Brasília, ela foi vista ajoelhada e rezando dentro do plenário da Câmara dos Deputados no momento da prisão, uma cena capturada pelas câmeras de segurança que se tornou amplamente divulgada nas redes sociais.
Após ser liberada, foi imposta a Roberta a utilização da tornozeleira e várias restrições, incluindo a proibição de acessar redes sociais e sair à noite, além de não poder manter contato com outros envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. A quebra das condições de liberdade provisória pode resultar em sua reclusão e agravar ainda mais sua situação judicial.