"Eu quero um pedido de desculpas desse miserável do Tarcísio", desabafa mãe de estudante morto pela PM
2025-01-09
Autor: João
247 - Silvia Mônica Cárdenas Prado, mãe do estudante de medicina Marco Aurélio Cárdenas Acosta, que foi tragicamente assassinado pela Polícia Militar em São Paulo, criticou duramente o governador do estado, Tarcisio de Freitas (Republicanos). Segundo Silvia, Tarcísio não teve a decência de enviar um simples pedido de desculpas pela morte de seu filho. A família de Marco Aurélio realizou uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (8), onde expressaram sua indignação. As informações são do portal Folha de S. Paulo.
"Eu quero justiça, eu quero desse miserável do Tarcísio ao menos um pedido de desculpas", declarou a mãe, fazendo referência a diversos casos preocupantes de violência policial, como a recente morte de uma criança durante uma operação em Santos e outro homem que foi arrastado para o rio.
Marco Aurélio, cuja vida foi interrompida de maneira brutal, foi atingido por um tiro na barriga disparado por um policial militar após uma breve interação em que ele deu um tapa no retrovisor de uma viatura. Essa ação aparentemente desencadeou uma perseguição intensa, resultando na sua morte enquanto tentava se refugiar em um hotel.
"Meu filho nasceu lutador. Ele veio ao mundo prematuro, com sete meses", afirmou o pai de Marco Aurélio, o médico Julio César Acosta Navarro, de 59 anos. Ele e Silvia acreditam que seu filho sofreu preconceito por conta de sua aparência indígena e origem peruana, ressaltando que Marco, com traços indígenas, foi alvo de xenofobia. "Meu filho era moreno e morreu no dia da Consciência Negra", lamentou Silvia, em uma declaração que ecoa a luta pela igualdade racial no Brasil.
O advogado da família, Roberto Guastelli, também presente na coletiva, criticou a lentidão nas investigações, mencionando que a PM demorou a liberar as gravações das câmeras corporais dos policiais envolvidos. Ele destacou que essa demora prejudicou a apuração dos fatos pela Polícia Civil, levantando preocupações sobre a transparência e a eficiência dos procedimentos investigativos em casos de violência policial. Enquanto isso, a sociedade clama por mudanças urgentes nas práticas policiais.