EUA intensificam controle sobre exportação de chips de IA para conter a China
2025-01-13
Autor: Julia
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira, 13, que adotará medidas ainda mais rigorosas para restringir a exportação de chips e tecnologias de inteligência artificial, com o objetivo de manter sua liderança tecnológica global e bloquear o acesso da China a esses recursos estratégicos.
As novas regulamentações vão limitar a quantidade de chips de IA que podem ser exportados para a maioria dos países, enquanto garantem acesso ilimitado aos aliados mais próximos dos EUA. A China, Rússia, Irã e Coreia do Norte estarão sob um bloqueio total para a aquisição desses produtos, uma estratégia que visa não apenas a segurança nacional americana, mas também a primazia na corrida pela inteligência artificial.
"Os EUA são líderes em IA – tanto no desenvolvimento quanto no design de chips, e é essencial que continuemos a liderar", afirmou Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA. Essas novas regras, que fazem parte de um esforço contínuo do governo Biden, visam evitar que os avanços tecnológicos da China fortaleçam suas capacidades militares e competitivas no cenário global.
A regulagem, que se intensificou ao longo de quatro anos, busca consolidar o domínio dos EUA em IA, com um rigoroso controle sobre a exportação de chips e a inovação relacionada à tecnologia. A situação das tensões comerciais entre EUA e China persiste, o que gera uma incerteza sobre como o futuro governo do ex-presidente Donald Trump irá lidar com as novas regulamentações. Entretanto, ambos os partidos políticos compartilham a mesma visão sobre a ameaça que a China representa.
As novas regras incluirão limites específicos para chips de processamento gráfico (GPUs), essenciais para treinamento de modelos de IA, a maioria dos quais é fabricada pela Nvidia, com a AMD também desempenhando um papel relevante no mercado.
Além disso, provedores de serviços em nuvem como Microsoft, Google e Amazon poderão solicitar aprovações globais para construir data centers que dependem de chips de IA. Após a aprovação, esses provedores estarão dispensados de licenças de exportação, permitindo-lhes expandir operações em países que enfrentam dificuldade para adquirir chips devido às restrições impostas pelos EUA.
Para conseguir a autorização, as empresas devem atender a condições rigorosas, que incluem requisitos de segurança, relatórios detalhados e um sólido histórico de respeito aos direitos humanos.
A administração Biden já havia implementado uma série de restrições que visavam manter a China afastada de tecnologias de ponta, atualizando esses controles anualmente. Jake Sullivan, assessor de segurança nacional dos EUA, destacou: "Precisamos estar preparados para o rápido crescimento da capacidade de IA nos próximos anos, pois isso pode transformar nossa economia e afetar nossa segurança nacional."