Os presidentes Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, e Joe Biden, dos EUA, se cumprimentaram durante uma cúpula da OTAN, evidenciando o fortalecimento das relações entre os dois países em tempos de crise.

Na quarta-feira (16), os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia, totalizando US$ 425 milhões (aproximadamente R$ 2,4 bilhões). Esta decisão foi tomada horas após Zelensky apresentar seu "plano de vitória" ao Parlamento ucraniano, no qual delineou estratégias para derrotar a Rússia.

O anúncio da nova ajuda ocorreu após uma conversa telefônica entre Biden e Zelensky, onde discutiram a necessidade de aumentar ainda mais a assistência de segurança para a Ucrânia. O pacote inclui modernos sistemas e equipamentos de defesa aérea, artilharias, munições terra-ar, veículos blindados e transportes de infantaria, além de diversas munições, conforme informado pela Casa Branca. Essa nova contribuição eleva a ajuda total fornecida pelos EUA à Ucrânia desde o início do conflito em 2022, que já soma cerca de US$ 175 bilhões (cerca de R$ 990 bilhões).

Durante o discurso no Parlamento, Zelensky apresentou detalhes de seu "plano da vitória", que já havia sido compartilhado com os EUA em setembro. Embora não tenha revelado todos os detalhes, o presidente ucraniano sublinhou que a vitória sobre a Rússia está intrinsecamente ligada à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A invasão russa, que teve início há dois anos e meio, foi vista como uma retaliação de Moscou às tentativas da Ucrânia de se integrar à OTAN. Após o discurso, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, informou que está em contato com os aliados para discutir as próximas etapas.

Na conversa entre os presidentes, Biden e Zelensky concordaram em que suas equipes se reuniriam para explorar mais consultas sobre os próximos passos. Além disso, foi agendada uma reunião virtual de líderes do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, sob a coordenação de Biden, para novembro.

Zelensky fez uma revelação alarmante em seu discurso, afirmando que a Coreia do Norte estaria se envolvendo na guerra ao lado da Rússia. De acordo com informações do serviço de inteligência da Ucrânia, Pyongyang já teria enviado soldados e armamentos para apoiar o Kremlin. O porta-voz do Kremlin anunciou um "tratado militar" iminente com a Coreia do Norte, que permitirá que ambos os países se defendam mutuamente em caso de ataque de terceiros.

A situação na península coreana se tornou mais tensa, com o vice-chanceler da Coreia do Sul alertando que essa suposta participação da Coreia do Norte na guerra é uma "questão muito séria". Recentemente, houve aumento das tensões entre os dois países, que estão tecnicamente em guerra há décadas, o que levou a Coreia do Sul a disparar um aviso com tiros de alerta ao lado da fronteira.

Além disso, a Ucrânia pede a prisão de Vladimir Putin caso o presidente russo compareça à próxima cúpula do G20, exigindo justiça por crimes de guerra e violações dos direitos humanos ocorridos durante o conflito.