Brunella Hilton, de 34 anos, que era candidata a vereadora de São Paulo pelo PSOL nas eleições de 2024, foi detida em flagrante na última sexta-feira (2), por vender brigadeiros feitos com maconha. A prisão aconteceu na Avenida São João, um local movimentado no centro da capital paulista.

De acordo com a polícia, mais de 800 gramas do doce, que trazia a substância ilícita, foram apreendidos com Brunella, configurando o crime de tráfico de drogas.

O advogado da família, Roberto Guastelli, declarou que não estava ciente da prisão da ex-candidata e afirmava que entraria em contato com as autoridades para esclarecer a situação. Curiosamente, no dia anterior à prisão, a família de Brunella havia registrado um boletim de ocorrência por desaparecimento, indicando uma situação preocupante. Sua mãe revelou que não tinham comunicação há 15 dias e decidiu sair de Coimbra, em Minas Gerais, para tentar encontrá-la.

Este possível desaparecimento também mobilizou o PSOL, que expressou profunda preocupação e informou que a direção do partido estava em busca de informações sobre o paradeiro de Brunella. A 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas contatou a família para informar sobre as providências que estavam sendo tomadas.

Neste momento, Brunella se encontra detida no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, localizado na zona oeste da cidade de São Paulo. É importante ressaltar que Brunella é uma mulher trans e ativista dos direitos LGBTQIA+, tendo participado da candidatura coletiva chamada Bancada dos LGBTQIA+, que conquistou 1.113 votos na última eleição municipal. A situação levanta questões sobre as políticas de drogas e os direitos humanos, além de trazer à tona debates sobre a segurança e proteção das minorias na sociedade.