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Ex-Diretor da CBF, Rodrigo Paiva, demitido por assédio: O que realmente aconteceu?

2024-12-20

Autor: Maria

Rodrigo Paiva demitido por justa causa

Rodrigo Paiva, ex-Diretor de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi demitido por justa causa na noite de quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, em meio a graves acusações de assédio sexual e moral envolvendo uma ex-diretora da entidade.

Ocupando o cargo desde julho de 2020, Paiva não apresentou defesa diante da Comissão de Ética da CBF nem na Justiça do Trabalho, e agora está proibido de acessar as instalações da Confederação.

Decisão do juiz

A decisão que decretou sua demissão foi proferida pelo juiz Leonardo Almeida Cavalcanti, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, em agosto de 2024. O juiz analisou conversas via WhatsApp entre Paiva e a ex-diretora, Luísa Xavier, nas quais ficou evidenciada a tentativa do ex-diretor de estabelecer um relacionamento que ultrapassava a esfera profissional.

"Valendo-se da ideia de que era um amigo dela, tentava seduzi-la e buscava aproximação além do contato meramente profissional", declarou o juiz na sentença. Ele também enfatizou que o comportamento de Paiva era absolutamente incompatível com a conduta esperada de um profissional em sua posição.

Protocolo e misoginia

Além disso, a sentença fez menção ao Protocolo Para Julgamento com Perspectiva de Gênero, afirmando que qualquer investida não consensual se configura como violência sexual. O juiz destacou ainda a misoginia enraizada na sociedade, onde a mulher muitas vezes é objetificada e reduzida a um mero objeto de satisfação masculina.

Histórico e implicações

Rodrigo Paiva não é estranho a polêmicas. Ele já foi aliado próximo de três ex-presidentes da CBF que enfrentaram escândalos de corrupção e foram banidos do futebol pela FIFA: Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Paiva também foi punido pela FIFA por agredir o jogador da Seleção Chilena, Maurício Pinilla, durante a Copa do Mundo de 2014.

Essa situação levanta questionamentos sobre a cultura do silêncio que muitas vezes prevalece em grandes organizações. A demissão de Paiva pode ser um sinal de que a CBF está finalmente começando a lidar com denúncias de assédio de maneira mais séria.

Continuaremos a acompanhar o desenrolar dessa história e as possíveis repercussões para a CBF e o futebol brasileiro como um todo. Fique ligado!