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Ex-presidente Jimmy Carter realiza voto pelo correio em momento crucial da eleição nos EUA

2024-10-16

Autor: Pedro

Jimmy Carter, o ex-presidente que recentemente completou 100 anos, está sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023 e fez questão de participar das eleições enviando sua cédula de votação pelo correio nesta quarta-feira (16). A informação foi divulgada por Jason Carter, seu neto e presidente do Carter Center.

Jason confirmou ao jornal The New York Times que a cédula foi depositada em uma caixa de coleta localizada em um tribunal local, mostrando que Carter, mesmo enfrentando problemas de saúde, continua engajado na política do país.

Nos últimos dias, a família Carter revelou que o ex-presidente estava mais focado em fazer sua voz ser ouvida nas eleições do que em celebrar seu centenário. Um dos seus votos simbólicos é destinado à vice-presidente Kamala Harris, ressaltando a continuidade do legado da administração de Carter.

Na Geórgia, o dia 7 de outubro marcou o início da distribuição das cédulas de votação. As autoridades eleitorais começaram a enviar material eleitoral para membros do serviço militar e cidadãos no exterior no mês anterior, criando uma expectativa de alta participação eleitoral. Na terça-feira (15), teve início o período de votação antecipada presencial e, segundo os reguladores, o comparecimento foi recorde, refletindo o intenso interesse nas eleições deste ano.

O estado da Geórgia é considerado crucial, possivelmente essencial para determinar o resultado final das eleições. Em um revés para as autoridades eleitorais, um juiz suspendeu temporariamente uma regra que exigiria a contagem manual das cédulas, uma medida que havia gerado controvérsia e preocupação entre os eleitores. Essa regra, aprovada em setembro, exigiria que trabalhadores contassem manualmente as cédulas em cerca de 6.500 distritos, o que poderia criar caos no processo, segundo a decisão do juiz Robert McBurney.

"Aplicar essa mudança a tão pouco tempo da eleição só traz mais incertezas e dificuldades ao processo eleitoral, que já é complexo", destacou McBurney. A decisão foi bem recebida por defensores da integridade eleitoral, que temem que essas medidas possam prejudicar a confiança do público no processo democrático. Com a proximidade da eleição, os olhos da nação estão voltados para a Geórgia e o impacto que as decisões eleitorais poderão ter sobre o futuro do país.