Na noite do último sábado, 5 de outubro de 2024, Beirute, a capital libanesa, vivenciou uma onda de pânico com várias explosões ouvidas em seus subúrbios. Segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano, Israel foi acusado de bombardear cinco locais da cidade. As explosões ocorreram logo após o Exército israelense emitir ordens de evacuação para as áreas afetadas.

Testemunhas relataram que aviões de guerra israelenses realizaram intensos bombardeios, incluindo um ataque específico na área de Chweifat. Correspondentes da AFP confirmaram a presença de colunas de fumaça subindo no céu da cidade, intensificando as preocupações sobre a escalada do conflito.

Até o momento, não houve pronunciamento oficial do governo israelense a respeito das explosões. É importante destacar que os ataques aéreos israelenses têm sido uma constante na região, com Israel justificando suas ações como operações contra alvos militares do Hezbollah, grupo militante libanês.

No dia anterior às explosões, em 4 de outubro, um dos principais líderes do Hezbollah, Hashem Safieddine, foi dado como desaparecido após um ataque aéreo. Sua nomeação como possível sucessor de Hassan Nasrallah, que foi morto em um bombardeio recente, amplifica a quantidade de incertezas e tensões potenciais dentro do grupo.

Os números alarmantes das últimas semanas são reveladores: estima-se que os ataques israelenses tenham causado cerca de 1,9 mil mortes em todo o Líbano, com 37 mortes e 151 feridos registrados apenas em um dia de ataques nesta quinta-feira. O Ministério da Saúde do Líbano está sob pressão, lidando com um fluxo constante de vítimas.

Entenda o contexto: o governo israelense alega que está realizando uma operação militar contínua contra o Hezbollah, um grupo supostamente apoiado pelo Irã e pela Hamas. Desde outubro de 2023, a situação se agravou, com ataques mútuos entre Israel e Hezbollah, levando a um aumento drástico da violência na região, que lembra os dias mais sombrios da Guerra de 2006.

Israel começou uma nova fase de suas operações militares, conforme declarado pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e, em resposta, líderes libaneses estão levantando bandeiras vermelhas sobre uma potencial escalada do conflito. A recente atividade militar registrada inclui bombardeios em várias áreas do Líbano, sinalizando que a tensão está longe de ser resolvida.

Esses eventos preocupantes não apenas afetam a estabilidade do Líbano, mas também podem desencadear reações em cadeia na região, implicando diretamente em outras nações envolvidas no conflito. O mundo inteiro observa enquanto o Líbano enfrenta um de seus períodos mais críticos na recente história, destacando a fragilidade da paz no Oriente Médio.