Favela do Moinho: Tensão e Mudança em Meio ao Cerco Policial!
2025-04-22
Autor: Pedro
Em São Paulo, a comunidade da favela do Moinho vive dias de tensão e protesto. Nesta terça-feira (22), moradores se mobilizaram contra o plano de desocupação da gestão do governador Tarcísio de Freitas, bloqueando o acesso ao local por viaturas da Polícia Militar desde a última sexta-feira (18).
O bloqueio, segundo a PM, visa facilitar a remoção de algumas famílias que aceitaram sair, com apoio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A situação gerou um efeito em cadeia: vans de transporte escolar e carros de aplicativo estão impedidos de entrar na comunidade. Os moradores sentem a pressão da presença policial e, segundo eles, isso os tem levado a aceitar as propostas do governo.
Uma cena comovente ocorreu às 7h50, quando caminhões da CDHU chegaram para realizar as mudanças. Josefa Flor da Silva, uma idosa de 74 anos, viu sua oportunidade de deixar a favela, onde vive com netos adolescentes em uma casa apertada. Ela está ansiosa para receber suas chaves de um novo apartamento e descreve a situação atual com esperança: "Se eu pegasse a minha chave, acho que ia me dar um infarto", disse.
Enquanto isso, outra família também estava se mudando, com funcionários carregando móveis e utensílios. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Cardinale Branco, defendeu a mudança, destacando os riscos que a comunidade enfrenta e afirmando que 90% das famílias cadastradas demonstraram interesse em aceitar o novo financiamento habitacional. Contudo, críticos acusam o governo de pressionar os moradores a sair para valorizar a região.
Apesar da situação complicada, a maioria dos moradores parece mais preocupada com suas novas casas do que em barrar as mudanças. Vizinhos de Josefa deram apoio, afirmando que a favela nunca mais será a mesma sem ela.
Nos próximos dias, mais famílias devem deixar a comunidade, enquanto muitos ainda aguardam decisões sobre suas mudanças. Uma mistura de esperança e medo paira no ar na favela do Moinho, à medida que o futuro se desenha em meio à incerteza.