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FIIs dominam mercado imobiliário com R$ 5,8 bilhões em transações no 3º Trimestre

2024-10-12

Autor: João

Os fundos imobiliários (FIIs) foram protagonistas em 23 das 36 transações realizadas no terceiro trimestre de 2024, conforme aponta um relatório da Cushman & Wakefield, uma das principais empresas globais de serviços imobiliários. Ao todo, as transações somaram impressionantes R$ 7 bilhões.

Esses negócios movimentaram cerca de 1,1 milhão de metros quadrados nas categorias de escritórios, industriais e varejo, que abrange imóveis comerciais e shopping centers. Para dar uma ideia do crescimento, no mesmo período do ano passado, foram registradas 23 transações com um total de apenas R$ 2,8 bilhões.

O relatório destaca que os dados do último trimestre evidenciam um fluxo intenso de capital e o crescente interesse dos investidores na compra de ativos comerciais no Brasil, compreendendo que o cenário atual continua a ser favorável para investimentos. O setor industrial se destacou, apresentando um volume financeiro de R$ 3,1 bilhões e uma área transacionada de 878 mil metros quadrados.

Além disso, as transações no segmento logístico mostraram um cap rate médio de 9% ao ano, demonstrando a resiliência do setor. O relatório revela que há uma demanda significativa por ativos logísticos, o que reflete a confiança no potencial de crescimento, especialmente em um cenário onde a eficiência na cadeia de suprimentos é essencial. A rápida expansão do comércio eletrônico exige soluções eficazes de armazenamento e distribuição.

Dentre as transações, a mais notável foi realizada pelo FII BTG Pactual Logística (BTLG11), que adquiriu 11 imóveis por R$ 1,7 bilhão. No total, os fundos imobiliários movimentaram cerca de R$ 5,8 bilhões no terceiro trimestre de 2024, representando aproximadamente 83% do total das transações realizadas.

Este crescimento dos FIIs no mercado imobiliário é um sinal claro de otimismo entre investidores e pode indicar uma recuperação robusta após os desafios econômicos enfrentados nos últimos anos. À medida que o setor varejista continua a se adaptar às novas dinâmicas de consumo e que o comércio eletrônico se expande, as oportunidades para investidores no mercado imobiliário brasileiro estão mais promissoras do que nunca.